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    Caso Kathlen Romeu: entenda os próximos passos do processo

    Cinco policiais militares são julgados por fraude processual

    Publicado 17/05/2022 às 15:17 | Autor: Enfoco
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    Kathlen estava grávida quando morreu em junho do ano passado.
    Kathlen estava grávida quando morreu em junho do ano passado. |  Foto: Redes sociais

    O julgamento dos cinco policiais militares, envolvidos com a morte da jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, em julho de 2021, no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, começou nesta segunda-feira (16). Durante a primeira audiência, os responsáveis da mulher e testemunhas do caso foram ouvidos.

    O procedimento foi realizado na sede do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), localizado no Centro da cidade. O Ministério Público do Rio (MP) entrou com uma denúncia por falso testemunho e modificação da cena do crime por causa da ação dos policiais militares no dia da morte de Kathlen. 

    Leia+: PMs envolvidos na morte de Kathlen são indiciados pelo MPRJ

    Os militares Cláudio da Silva Scanfela, Marcos da Silva Salviano, Rafael Chaves de Oliveira e Rodrigo Correia de Frias são julgados por duas fraudes processuais e por dois crimes de falso testemunho. De acordo com o MP, os acusados retiraram o material que estava no local antes da realização de uma perícia. O órgão ainda contou que eles acrescentaram 12 cartuchos deflagrados e um carregador de fuzil com 10 munições intactas.

    O capitão Jeanderson Corrêa Sodré também é réu por fraude processual na forma omissiva. Segundo a denúncia do MP, ele se omitiu da função de monitorar o trabalho de seus subordinados. 

    A primeira audiência durou 3h30 e contou com a presença de nove testemunhas: a avó da vítima, os pais e seis policiais que estavam no Complexo do Lins quando a morte ocorreu.

    Denúncia de homicídio

    A família alega que a jovem, que estava grávida no momento de sua morte, foi vítima de um homicídio, além de fraude processual, e pede Justiça sobre o fato. 

    "A Justiça deve isso pra gente. Já se passaram 11 meses e nem denúncia o Ministério Público ofereceu. Eu já vou carregar essa dor a vida inteira e quando se prolonga tudo isso, só piora pra gente", contou Jackeline Oliveira, mãe de Kathlen.

    No entanto, o Ministério Público contou que para apresentar uma denúncia de homícidio ainda é necessário haver provas para isso. O órgão continua aguardando a conclusão do inquérito policial, que está sendo realizado pela Delegacia de Homicídios da Capital.

    Nova audiência marcada

    O julgamento sobre fraude processual terá continuação nos próximos meses. No dia 27 de junho, os juízes irão ouvir o depoimento do cabo Juan Fernandes Lima, que foi dispensado da audiência desta segunda-feira (16) por questões de saúde. Em breve, a defesa dos acusados terão um prazo para apresentarem as provas. Posteriormente, os cinco policiais serão escutados em audiência com data ainda a ser definida.

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