Justiça
'Caso esquecido', lamenta amigo de jovem grávida morta em Itaboraí
A Polícia Civil ainda não informou se há suspeitos do crime
Dor e buscas por justiça marcam os últimos quase três meses de familiares e amigos da jovem Catarina Leite de Brito, de 22 anos, que teve o corpo encontrado amarrado e embalado em um saco plástico às margens da RJ-114, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, no dia 9 de outubro.
O caso ainda segue em investigação pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) e não há nenhum suspeito do crime. A vítima estava grávida de oito meses de uma menina, que se chamaria Maitê. A bebê também morreu.
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Segundo um amigo, que preferiu não se identificar, com as provas que os policiais têm, o caso já poderia ter avançado.
“Dói muito, pois ela e nenhum ser humano merecem isso. Nós só queremos justiça e até agora nada. Com toda certeza eles já sabem quem fez e não nos dão uma posição e nem prendem o responsável. O caso parece que foi esquecido como muitos outros que têm por aí”, afirmou o amigo.
Catarina já era mãe de três filhos meninos, com idades de 1 ano e três meses, 2 anos e outro de 7 anos. Os dois mais novos moravam com ela em Maricá e não sabem da morte da mãe, mas perguntam sobre ela. O mais velho mora em São Paulo com o pai.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil ainda não deu atualizações sobre o caso.
O crime
O corpo de Catarina foi encontrado na RJ-114, na altura do bairro do Pachecos, em Itaboraí, na tarde de 9 de outubro, amarrado e embalado em um saco plástico. A estrada faz ligação entre Itaboraí e Maricá.
Segundo testemunhas, alguns moradores passavam pela região e encontraram o cadáver, que estava no meio do mato, com sinais de violência, além de uma corda em volta do pescoço.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 35º BPM (Itaboraí) foram acionados para a ocorrência para verificar a informação do corpo, onde a mulher foi encontrada. A área então foi isolada, e a perícia iniciada.
Família de São Paulo
Natural de Pernambuco, Catarina já morou também em São Paulo, onde sua família estava atualmente. No entanto, ela vivia em Maricá, com o filho de 2 anos e outro de 1 ano e três meses. Ela também é mãe de um menino de 7 anos, que mora em São Paulo com o pai.
"Ela morava aqui desde os 13 anos, conhecia a cidade e sempre se deu bem com todos, sem problemas com ninguém, sempre fazia amizade fácil. Quando ela saía de casa, mandava a localização. No domingo, um dia antes do corpo dela ter sido encontrado, ela saiu de casa às 21h, com um carro de aplicativo. Ela podia ir para onde fosse, mas, no dia seguinte, estava em casa sempre às 6h. No entanto, nesse dia, não foi assim. Ela não voltou mais", contou um amigo.
As pessoas tentaram contato com Catarina, mas o celular dela dava desligado e as mensagens não chegavam. "Antes de sumir, ela postou nos status do Whatsapp, por volta das 23h42, que estava solteira, que ninguém mandava nela e que estava com raiva", disse.
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