Polícia
Caso Eloá: Justiça concede regime semiaberto a Lindemberg Alves
A Justiça de São Paulo autorizou regime semiaberto para Lindemberg Alves, responsável pela morte da ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, em 2008. A decisão foi da Juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1º Vara de Execuções Criminais, de Taubaté, interior de São Paulo, no dia 11 de maio. Comunicado, no entanto, foi enviado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) apenas nesta terça-feira (8).
Lindemberg Alves, de 34 anos, foi condenado a 39 anos, 3 meses e 10 dias de prisão e cumpria pena na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado desde 17 de outubro de 2008. Segundo o ofício enviado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, o autor do assassinato de Eloá manteve bom comportamento e não há registro de infração disciplinar grave ao longo do cumprimento da pena, além de obter resultado positivo no exame criminológico realizado.
Ainda de acordo com a Justiça, o detento possui agressividade e impulsividade dentro dos padrões normais e assume seus atos.
"Arrepende-se profundamente, lamenta perda irreversível à família da vítima. No momento, aparenta estar lidando adequadamente com sua realidade, respeitando normas e regras impostas. Demonstra atualmente boa capacidade para tolerar frustrações, elabora projetos e firma expectativa de acordo com suas possibilidades. Planos de retorno à vida familiar e social em ambiente livre, qualificação profissional, qual vem contando com apoio da rede vincular".
Ofício do TJSP
No regime semiaberto a pessoa tem o direito de trabalhar e fazer cursos fora da prisão durante o dia, mas deve retornar à unidade penitenciária à noite. Além disso, o detento tem o benefício de reduzir o tempo de pena através do trabalho: um dia é reduzido a cada três dias trabalhados.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 17 de outubro de 2008, após Eloá ser mantida em cárcere privado por 100 horas em seu apartamento, em Santo André. Lindemberg, mediante uso de arma de fogo, efetuou disparos contra Eloá causando-lhe ferimentos que foram a causa de sua morte. O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes durou quatro dias, quando pela primeira vez o réu falou sobre o crime.
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