Crime
Casal que geriu colégio em Niterói é acusado de calote a empresa
Segundo denúncias, eles deixaram uma dívida de R$ 150 mil
O casal acusado por pais e pela atual gestão do Centro Educacional de Niterói (Centrinho) de má gestão e queimar arquivos de antigos alunos, pode estar envolvido em mais uma denúncia.
Desta vez, sobre um contrato feito com uma agência de publicidade que foi contratada à época. De acordo com o proprietário da empresa, o prejuízo com os contratos não firmados são de pelo menos R$ 150 mil.
O publicitário Rodrigo Azevedo, de 38 anos, é dono da agência. Ele relatou que foi contratado pelo homem, com quem já havia tido contato no passado. O acordo com o casal foi feito ainda durante o período da pandemia.
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"Entrou em contato comigo pelo Messenger do Facebook, falando que ele estava desenvolvendo um projeto numa grande escola de Niterói, que eles estavam em um momento mais maduro e precisaria implementar uma agenda de publicidade e marketing", relatou o publicitário.
Uma data foi marcada para fechar o negócio, porém o casal não apareceu. Segundo o publicitário, esse comportamento era prática comum.
Hoje, olhando com serenidade, tranquilidade, me parece muito um estilo golpista. Que vai encantando, vai falando, vai construindo uma narrativa envolvente, enfim, desde o início sempre foi assim
O contrato foi fechado com os antigos gestores do colégio e o casal afirmou que estava encontrando problemas para uma reunião com a equipe da agência, mas que poderia enviar o projeto para análise. A proposta seria de uma cláusula para, no decorrer do tempo, ir aumentando o valor.
"Eu aceitei essa condição, a gente estava aí meio a pandemia e tudo mais, enfim, na minha visão era um um projeto de visibilidade muito grande, eu não sabia de todos esse caos que tinha. Fomos lá, começamos o projeto, desde o início sempre foi uma relação extremamente abusiva, desgastante, autoritária", continuou o publicitário.
Apesar de apresentar muitas propostas, Rodrigo afirmou que a equipe de gestão não retornava sobre as sugestões. Foi nesse momento que as dívidas começaram a acumular.
"Olhamos aquilo, achamos um absurdo, entramos em contato com o escritório que cuida das nossas ações jurídicas e iniciamos o processo. O que parece é que essa pegada golpista deles é em todos os sentidos", alega Rodrigo.
A equipe de reportagem tentou contato com o casal citado, através do número em que ambos se comunicavam com o Rodrigo por anos, mas não houve nenhum retorno até o momento.
Arquivos queimados
Pais e responsáveis de alunos do Centro Educacional de Niterói (Centrinho) denunciam que o acervo com os arquivos dos estudantes foram destruídos pelo casal que assumiu a gestão da unidade de ensino. A atual gestão confirmou a acusação e o caso foi parar na delegacia, sendo registrado na 77ª DP (Icaraí).
Os novos gestores informaram que após a retomada e uma busca completa pela unidade, não encontraram a documentação. Foi então que um funcionário percebeu papéis destruídos no pátio da unidade.
"Nós verificamos e identificamos que tinha histórico escolar, a vida acadêmica toda dos alunos da Fubrae. A gente não tem dimensão ainda, estamos encontrando documentos. Fomos na delegacia e fizemos o B.O no mesmo dia", relatou outra advogada.
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