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    Investigação

    Cardápio do mal: drogas e celulares em quentinhas de presídios

    Policia realiza operação para combater a ação criminosa

    Publicado 17/06/2025 às 7:39 | Atualizado em 17/06/2025 às 10:55 | Autor: Enfoco
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    Policiais civis realizam operação para combater a ação criminosa
    Policiais civis realizam operação para combater a ação criminosa |  Foto: Divulgação / Polícia Civil

    Policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) deflagram, nesta terça-feira (17), a operação "Menu do Crime", fruto de uma investigação que demonstrou a existência de uma organização criminosa que utilizava "quentinhas" para entregar drogas, celulares e outros ilícitos em presídios.

    A ação, segundo a Polícia Civil, conta com o apoio de unidades dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC) e da Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

    Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em endereços no Centro, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá e Bangu, na Zona Oeste, Ilha do Governador, na Zona Norte, e Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

    As investigações se iniciaram a partir de uma prisão em flagrante, em Bangu, realizada em 2023. Na ocasião, agentes da Seap flagraram o motorista de uma van de entrega de quentinhas no interior do presídio Nelson Hungria transportando diversas "quentinhas" adulteradas.

    Foram apreendidos em seu interior 20 quilos de drogas, entre maconha e cocaína, 71 telefones celulares, 19 chips para telefone celular, 96 carregadores de telefone celular, 96 fones de ouvido e três balanças de precisão. Além do motorista, dois agentes da Seap também foram presos por terem facilitado a entrada dos bens.

    Segundo apurado, os criminosos aliciavam pessoas na empresa que fornecia as marmitas para que não colocassem os lacres corretos na van, deixando-os com o motorista. Depois, o veículo, que deveria seguir diretamente para o presídio, desviava a rota e parava em estabelecimentos para realizar a troca de marmitas boas por adulteradas.

    O lacre correto era colocado e a van seguia para o seu destino. Nos presídios, policiais penais que estavam em conluio com o esquema criminoso facilitavam a entrada, não realizando as vistorias devidas, permitindo que as quentinhas com drogas, celulares e outros ilícitos chegassem até os presos.

    A ação desta terça visa obter outras informações sobre todo o esquema criminoso, a fim de robustecer as investigações, bem como identificar todos os envolvidos e rastrear o destino dos valores percebidos durante as operações criminosas.

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