Operação Apanthropía
Candidato a deputado federal e ex-prefeito de Itatiaia são presos
Ação é realizada pelo Ministério Público
O vereador e candidato a deputado federal Clébio Lopes Pereira, conhecido como “Jacaré”, e o ex-prefeito de Itatiaia, Silvano Rodrigues da Silva, o “Vaninho”, foram presos na manhã desta quinta-feira (15) durante a terceira fase da operação Apanthropía, realizada pelo Ministério Público.
A ação também tem o objetivo de cumprir mandados de prisão contra Júlio César da Silva Santiago, o “Julinho”, e Édnei da Conceição Cordeiro, ex-secretário de Assistência Social e Direitos Humanos de Itatiaia.
Mandados de busca e apreensão também mira outras dez pessoas acusadas de integrarem uma organização criminosa responsável por lesar o erário com o cometimento de diversos crimes contra a administração pública
Ainda segundo o MP, também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão contra outras dez pessoas acusadas de fazer parte de uma organização criminosa responsável por lesar o erário com o cometimento de diversos crimes contra a administração pública.
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As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que também determinou o afastamento de cinco vereadores e de um suplente das funções que exerciam na Câmara Municipal de Itatiaia.
Segundo narra a denúncia, os alvos da operação agindo de forma consciente e voluntária, em concurso de agentes, previamente ajustados e em unidade de desígnios entre si e com outros criminosos, ainda não identificados, incluindo funcionários públicos, promoveram, constituíram, financiaram e integraram, pessoalmente e por interpostas pessoas, organização criminosa.
O MP diz que a organização era estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mas especialmente financeiras oriundas de lesões ao erário, dentre as quais se destacam os crimes de estelionato contra a administração pública, peculato, concussão, corrupção passiva, corrupção ativa, contratação direta ilegal, fraude em licitação ou contrato, lavagem de dinheiro, dentre outros.
As investigações demonstraram também que a administração integral do município de Itatiaia foi “vendida” por seus prefeitos interinos a “investidores” do Rio de Janeiro e região metropolitana, surgindo a organização criminosa composta por agentes públicos que receberam valores para delegar a gestão do Poder Executivo (prefeitos interinos) e se omitir nas fiscalizações inerentes ao Poder Legislativo (vereadores), os quais foram pagos pelos comparsas que, em contrapartida, assumiram a condução de fato deste município, focando no desvio de recursos públicos, inclusive a partir da nomeação de funcionários “fantasmas” e fraudes em contratos e licitações, visando recuperar o “investimento” realizado.
Por fim, a denúncia dá conta ainda que esta mesma organização criminosa possivelmente implementou este mesmo procedimento ilícito em outras cidades, assumindo o seu controle de fato em contrapartida ao pagamento de valores aos gestores oficiais.
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