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    Investigação

    Cabo da PM preso era dono de empresa de internet clandestina, MP

    Ele foi capturado na manhã desta sexta

    Publicado 23/09/2022 às 17:07 | Autor: Tiago Souza
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    Caso foi registrado na 27ª DP
    Caso foi registrado na 27ª DP |  Foto: Lucas Alvarenga

    O cabo da Polícia Militar que foi preso na manhã desta sexta-feira (23) em Cascadura, acusado de sequestrar dois criminosos na Região dos Lagos, é dono da empresa de GatoNet que tinha uma parceria com a facção Criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), de acordo com as investigações. 

    "Apesar do nome que consta no contrato ser de outra pessoa, já sabemos que o policial era o dono da empresa de exploração de TV a cabo naquela região", disse Rafael do Pico, promotor do Ministério Público do Rio. 

    Rafae
    Rafae |  Foto: Lucas Alvarenga

    Segundo o promotor, o laranja também foi preso durante a operação policial.

      

    O crime aconteceu dia 19 de outubro de 2021, no bairro Alto da Rasa, em Cabo Frio. Armados, o cabo da PM Bruno Paulo Pereira do Carmo do Valle, juntamente com  comparsas Cristiano Ribeiro Xavier, conhecido como Baiano, e Thiago Rezende Pimentel Trindade, conhecido como Mexicano, foram flagrados, através de câmeras de segurança, sequestrando a dupla, que estava em uma lanchonete.

    As duas vítimas foram colocadas no interior de um veículo. O grupo pediu o valor de R$ 20 mil para a libertação.

    Os dois homens integrantes da facção foram obrigados a mandarem áudios pedindo ajuda ao chefe do tráfico Valdinei Quintanilha. Os áudios chegaram ao conhecimento das autoridades após repercursão nas redes sociais.

    "Os traficantes sequestrados foram obrigados a gravar um áudio suplicando pelas suas vidas, e pedindo para que o chefe voltasse com um acordo com o grupo criminoso. O acordo seria um valor cobrado por Valdinei, que teve aumento. O que motivou o desentendimento. Tudo isso foi captado. Diante dessas informações nós identificamos os envolvidos, oferecemos denúncia e pedimos as prisões de todos os envolvidos", contou.

    Durante a ação desta sexta, os policiais apreenderam cadernos com anotações, celulares e armas, sendo algumas delas com as numerações raspadas.

    "Com a apreensão dos celulares, a nossa ideia é apurar ainda mais esse grupo criminoso e saber se há alguém acima deles atuando nessa organização", disse o promotor. Os presos foram levados para a 27ª DP (Vicente de Carvalho) por conta da prisão em flagrante.

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