Operação After
Cabo da PM é preso durante horário de serviço em rodovia no Rio
Ele é acusado de integrar organização criminosa
O cabo da Polícia Militar Marcos Paulo Ferreira dos Santos foi preso nesta terça-feira (8) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, durante a Operação After da Polícia Federal (PF).
A ação da PF tem como objetivo prender participantes de organizações criminosas especializadas em tráfico de drogas, milícia armada e lavagem de dinheiro, sendo uma continuação da operação Balada, de 2021.
Mandados de prisão estão sendo cumpridos em diversos estados além do Rio de Janeiro, como Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima.
A Polícia Militar confirmou a prisão do acusado e disse que a ação foi feita pela Superintendência da Polícia Federal com o apoio da Corregedoria da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.
O cabo acusado estava trabalhando na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias, quando foi detido. Ele é acusado de envolvimento com o crime.
Marcos é lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE). Ele foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal (PF), localizada na Praça Mauá, onde será ouvido e depois levado para o Batalhão Especial Prisional.
Ao todo, a Operação After visa a cumprir 110 mandados de prisão e 136 mandados de busca e apreensão em diferentes estados. Todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia/MG.
A ação
Em relação ao tráfico de drogas, a PF informou que foi possível identificar indivíduos que atuavam no fornecimento de grandes quantidades de cocaína para outros traficantes de drogas, principalmente localizados no triângulo mineiro.
Já no tocante à milícia carioca, foi identificado um grupo atuante na região da Baixada Fluminense, com atividade voltada à exploração do serviço clandestino de “segurança armada” para o transporte de cargas de grandes empresas, cujos parques industriais estão sediados naquela região.
Segundo a investigação, tal grupo contava com a atuação de servidor público da área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro e explorava, também, o comércio ilegal de armas de fogo (fuzis).
Conforme a PF, os grupos criminosos citados foram identificados a partir do rastreamento das atividades de célula criminosa localizada na região do triângulo mineiro, especializada na lavagem de dinheiro para diversos criminosos localizados em várias unidades da Federação.
Tal célula “administrava” inúmeras contas bancárias em nome de terceiros e em nomes falsos, a fim de burlar a ação de órgãos de fiscalização, apontaram os investigadores.
No decorrer das apurações, a Polícia Federal também descobriu que mais de R$ 1 bilhão foi movimentado no período investigado e que parte destes valores foram destinados à compra de fazendas, casas, apartamentos, embarcações e veículos de luxo. As contas bancárias utilizadas no esquema e o patrimônio identificados foram bloqueados por determinação judicial.
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