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    Após troca política na Polícia Civil, governador pede ajuda federal

    Cláudio Castro enfrenta crise na segurança pública

    Publicado 24/10/2023 às 17:50 | Autor: Enfoco
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    Inédito: 35 ônibus foram incendiados por criminosos na Zona Oeste
    Inédito: 35 ônibus foram incendiados por criminosos na Zona Oeste |  Foto: Reprodução

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse nesta terça-feira (24) que a presença do crime organizado não é mais um problema só do estado e pediu ajuda do governo federal para combater a entrada de drogas e armas no Rio.

    “Está muito claro que esse não é mais um problema do Rio de Janeiro. Esse é um problema do Brasil. Não são mais organizações criminosas pontuais que estão aqui, estão ali. Não. Hoje são verdadeiras máfias alastradas pelo Brasil inteiro: Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte... A gente está vendo isso se alastrar a cada dia”, afirmou o governador, em meio a uma grave crise de segurança pública.

    As autoridades coordenam ações depois que a maior milícia do estado incendiou 35 ônibus e um trem na tarde e noite de segunda-feira (23). A ação criminosa foi uma represália à operação da polícia que matou Matheus da Silva Rezende, o Faustão, apontado como o número dois na hierarquia da milícia na Zona Oeste da cidade.

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    Sem apresentar um plano claro para combater o crime, o governador disse que tem um encontro marcado com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, na quarta-feira (25) em Brasília, para pedir ajuda das Forças Armadas no combate ao crime organizado, reforçando a vigilância em áreas federais, como aeroportos, rodovias federais e Baía de Guanabara.  Cláudio Castro vem sendo criticado após troca na cúpula da Polícia Civil. A cadeira foi ocupada pelo delegado José Renato Torres por menos de um mês. Por pressão de deputados estaduais, o delegado Marcus Amim, que estava presidindo o Detran-RJ, foi empossado. 

    Intervenção federal

    Desde a semana passada, o estado conta com a ação da Força Nacional de Segurança em ações de combate ao crime organizado.  

    Apesar da articulação com autoridades federais para atuação no Rio de Janeiro, o governador descarta a necessidade de uma intervenção federal no Rio, como a que houve entre fevereiro e dezembro de 2018.  

    “Eu não vejo o porquê. A polícia está na rua, está agindo. Nós estamos em um diálogo profundo com as forças federais, e eles estão vendo que está acontecendo. Eu falei com o ministro da Justiça [Flávio Dino] duas vezes ontem. Estamos aqui fazendo o combate necessário”.

    Após os incêndios criminosos de segunda-feira, doze pessoas foram detidas. Segundo Castro, seis foram liberadas por ausência de “indício de autoria e materialidade”. Dois detidos na manhã desta terça-feira estão sendo investigados por participação nos crimes. Castro defende que os presos respondam por crime de terrorismo. Além disso, ele defende que as penas não tenham progressão de regime.  

    “Crime de terrorismo não pode ter a progressão de pena. A pena tem que ser 30 anos de regime fechado. Utilização de armas de guerra, a mesma coisa. Operar serviço público para tráfico, milícia, terrorismo, máfia também tem que ser um crime de 30 anos sem progressão”, ressaltou ele, que elencou três criminosos como os bandidos mais procurados do Rio neste momento: Zinho, Tandera e Abelha.

    O governador informou que marcou uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar de endurecimento da legislação federal.  

    “Ou a gente endurece a legislação como outros locais do mundo fizeram ou a gente vai ter essa mistura de México com Colômbia, como está virando o Brasil na área da segurança pública”, declarou.

    Apesar de lamentar a reação dos milicianos, Castro exaltou a ação da polícia no combate ao crime organizado. “Tiramos de circulação um dos maiores líderes de milícias, não do Rio, do Brasil. Um que era conhecido como o senhor da guerra deles. Era o responsável por juntar tráfico e milícia e fazer as famosas narcomilícias”.

    “No Rio de Janeiro, bandido não terá vida fácil. Continuaremos lutando para tirar esses criminosos de circulação, prendê-los, mandar líderes para os presídios federais, para que eles também não comandem a criminalidade de dentro das cadeias”.

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