Ameaça de massacre em escola de Maricá vira caso de polícia

A ameaça de massacre feita através de pichação em uma parede da Escola Municipal Anísio Teixeira, em Itaipuaçu, distrito de Maricá, virou caso de polícia. A frase criminosa dizia que as vidas dos estudantes estariam em poder do intimidador.

"Suas vidas serão minhas, é só questão de tempo 23/08 [sic]", dizia a ameaça escrita. O crime foi registrado na madrugada de domingo (26) na 82ª Delegacia de Polícia Civil.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a unidade possui vigia, que acionou imediatamente a Polícia no momento em que percebeu o ato de vandalismo e também alertou a direção. O responsável pelo crime ainda não foi identificado.

Para que os alunos não tivessem contato com as pichações nesta segunda-feira (27), foi convidado o grafiteiro profissional Thiago, conhecido como Rabugento Grafite, para fazer desenhos coloridos, tampando a ameaça.

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A mãe de um aluno esteve na unidade e informou que havia reforço na segurança. Ela fez o relato em uma rede social.

"A escola está com policiamento, com a PM e Guarda Municipal, por tempo indeterminado. Foi pedido em caráter emergencial câmeras que devem ser instaladas em breve. A empresa que fará a instalação já foi lá hoje [segunda]. Agora cabe aos responsáveis ajudar a comunidade conversando e procurando saber sobre seus filhos", escreveu.

A Prefeitura de Maricá lamentou o ocorrido e à reportagem disse que vai criar outras estratégias para monitoramento e segurança das unidades de ensino na cidade, junto com a Secretaria de Educação e demais órgãos competentes.

Casos de violência

Na última segunda-feira (20), vereadores de Maricá discutiram os casos de violência que estariam ocorrendo dentro de escolas públicas do município.

Eles solicitaram atenção especial das secretarias de Educação e Ordem Pública para inibir ações criminosas no interior e nas redondezas das instituições.

Presidente da Comissão de Segurança da Câmara, o vereador Danilo Santos (PDT) disse que iria se reunir com o comando da 6ª Companhia de policiamento e também com o secretário de Ordem Pública, Júlio Veras, para debater melhorias na segurança das escolas.

"Há de haver um envolvimento de todas as autoridades neste tipo de debate, porque a gente vive tentando criar meios para melhorar a educação pública. Entendemos que esse é um meio de revolucionar a sociedade. Mas com violência, tráfico de drogas nas portas das escolas, confusões, brigas, está claro que não vai levar a lugar nenhum e só atrapalhar esse processo", pontuou na ocasião.