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    'Aliviada', diz mulher trans após condenação de agressor em Niterói

    Marciano Marques foi sentenciado a 14 anos de prisão

    Publicado 28/08/2023 às 10:44 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    O crime ocorreu em novembro do ano passado
    O crime ocorreu em novembro do ano passado |  Foto: Lucas Alvarenga

    Foi condenado a 14 anos de prisão o mototaxista Marciano da Silva Marques, que atirou contra Nycolle Dellveck. O crime ocorreu em novembro de 2022, no Centro de Niterói. A sentença foi dada pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, no dia 15 de agosto. 

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    O crime ocorreu na Rua São João, no Centro de Niterói, e ficou internada no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal) por dois dias, devido a gravidade dos ferimentos. 

    Nycolle, a vítima do crime, diz se sentir aliviada, mas ainda não se sente 100% segura. "Me sinto aliviada, mas ainda não estou segura pelo fato do Marciano ter sido condenado, mas o filho dele que estava junto, está na rua, solto. Minha vida está parada, pois tenho medo. Se ele teve coragem de tentar contra a minha vida uma vez, pode tentar novamente. Ele não ficou nem um ano preso por ser menor de idade. Ainda tem aquilo, que se ele tiver bom comportamento, pode ser que ele seja colocado na rua novamente e ele nem cumpra os 14 anos", afirmou a vítima. 

    O crime 

    O caso ocorreu depois de uma discussão entre o acusado e a vítima, quando Marciano se recusou a levar uma amiga trans de Nycolle afirmando que não levava 'viado'. Depois, vítima e acusado se encontraram novamente e discutiram. O acusado chegou a ofender a religião da vítima, segundo o relato dela. 

    "Ele perguntou se eu gostava de fazer macumba e indagou se eu estava bem protegida. Foi quando eu disse que: 'Graças a Deus e aos meus orixás eu estou protegida'. Ele deu a volta, foi no ponto de mototáxi, colocou o filho dele para pilotar a moto e veio na garupa. Eu estava agachada acendendo o cigarro, ele parou a moto e já mostrou a arma e disse que eu gostava de fazer macumba, e deu o tiro”, contou Nycolle. 

    A jovem disse que o acusado atirou várias vezes contra ela, mas por conseguir desviar, foi acertada por um disparo.

    “Quando ele deu o tiro, eu corri, consegui levantar e correr. Nessa, ele tentou dar outro tiro. Foi quando o filho dele virou e falou que a outra estava ali e ele queria dar o tiro na minha amiga. Foi quando eu comecei a gritar e a praça toda gritou e eles deram fuga”, afirmou.

    Marciano estava na garupa da moto do filho de 17 anos quando cometeu o crime. Marciano foi preso dias depois e foi condenado pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado e tentado. 

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