Além de PM, quatro suspeitos morrem em operação na Maré

A direção do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) informou que seis baleados deram entrada na unidade nesta terça-feira (11) após a operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Um agente da PM e outros quatro homens suspeitos acabaram mortos.

O outro ferido, também policial militar, segue internado em estado grave na unidade. Os homens, ainda não identificados, já chegaram ao hospital mortos. A Polícia Militar está apurando mais informações sobre o caso.

Total de presos

Ao todo, 18 homens foram presos, incluindo um menor de idade. Eles foram levados para a 21ª DP (Bonsucesso). Durante as prisões, a polícia apreendeu três pistolas, onze fuzis, uma espingarda calibre 12 e uma quantidade significativa de drogas.

Em represália à operação, criminosos fecharam a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e a Linha Amarela, três das principais vias expressas do Rio. As Linhas Vermelha e Amarela foram liberadas posteriormente, mas a Avenida Brasil continuava parcialmente fechada até às 18h, com uma faixa interditada na pista lateral no sentido Zona Oeste. 

Mais de 12 horas

Por volta das 17h45, mais policiais do Bope entraram na comunidade, resultando em nova troca de tiros. A operação, que já dura cerca de 12 horas, também resultou na recuperação de pelo menos quatro veículos roubados e na descoberta de um espaço usado para endolação de entorpecentes.

Em outro episódio de violência, um ônibus foi incendiado na Avenida Brasil, na altura da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o Rio Ônibus, a ação foi criminosa. Em resposta, a Fiocruz ativou um plano de contingência e emitiu um alerta para que seus funcionários e colaboradores permanecessem dentro do prédio por questões de segurança.

A Polícia Militar informou que agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Subsecretaria de Inteligência (SSI) e do 22° BPM estavam envolvidos na tentativa de prender criminosos escondidos na região.

Impacto na região

A operação também impactou significativamente os serviços públicos locais. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou que o Centro Municipal de Saúde Vila do João e as Clínicas da Família Adib Jatene e Augusto Boal acionaram o protocolo de acesso mais seguro e interromperam o funcionamento para proteger profissionais e usuários.

A Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva manteve o atendimento, mas suspendeu atividades externas, como visitas domiciliares.

Na área da educação, 40 escolas do Complexo da Maré tiveram o funcionamento impactado, segundo a Secretaria Municipal de Educação. A Secretaria Estadual de Educação informou que duas escolas precisaram ser fechadas, afetando cerca de 900 estudantes do turno da manhã.