Polícia
Além da festa, réveillon de Copacabana é marcado por arrastão e feridos
A queima de fogos de artifícios voltou a iluminar o céu de Copacabana na virada do ano. Por 16 minutos, o espetáculo, que foi suspenso na entrada de 2021, foi recebido com alegria e esperança de um ano melhor em 2022. No mar, as quase 24 mil bombas de fogos instaladas nas dez balsas ao longo da orla levaram emoção ao público, que pôde acompanhar também em imagens das televisões e da prefeitura. O início do espetáculo de queima de fogos foi com um manifesto à vida gravado com a cantora Teresa Cristina.
No entanto, a noite do último dia do ano também foi marcada por arrastôes, esfaqueamentos e roubos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS), 111 pessoas foram atendidas nos três postos médicos montados na orla de Copacabana, das 17h30 de sexta-feira (31) às 3h30 deste sábado (1). A maioria delas sofreu pequenos traumas (pancadas, cortes, etc) ou passou mal devido à excessiva ingestão de bebidas alcoólicas.
O órgão informou que onze pacientes com quadros mais graves precisaram ser transferidos para hospitais ou UPAs da rede, entre eles dois homens jovens com ferimentos por arma branca. Eles foram socorridos e encaminhados para os hospitais municipais Souza Aguiar, no Centro do Rio, e Miguel Couto, no Leblon, receberam os cuidados indicados e tiveram alta.
A SMS ainda ressaltou que, das 12h às 17h de sexta (31), os postos montados na Avenida Atlântica - altura da rua Princesa Isabel, na Praça do Lido e na rua República do Peru, funcionaram como postos de vacinação contra a Covid-19. Ao todo, 370 pessoas foram imunizadas com a primeira, a segunda ou a dose de reforço, conforme o esquema vacina prévio de cada um.
Arrastão
O fato negativo da festa ficou por conta de um arrastão na areia de Copacabana na hora da virada. Em ocorrências distintas, o 19º Batalhão da Polícia Militar (Copacabana) registrou na madrugada de ontem (31) para hoje a prisão de sete homens; a apreensão de dois adolescentes após furtarem o telefone celular de uma vítima e a autuação de dois homens, que foram liberados. Além disso, os policiais apreenderam uma arma de fogo e 8,87 gramas de maconha. Pelos números da Polícia Militar, foram realizadas abordagens e revistas a 72 pessoas.
Durante a festa, policiais do batalhão verificaram furtos em série de celulares enquanto as vítimas tiravam fotos da festa. Algumas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para o posto médico onde receberam atendimento.
Festa
Mesmo diante das circustâncias, as medidas da Prefeitura do Rio de Janeiro para evitar aglomerações deram resultado e o público foi menor do que nos anos sem pandemia, quando o réveillon famoso mundialmente reunia até 3 milhões de pessoas.
Medidas como a barreira na entrada de veículos em vários acessos ao bairro após às 19h, a suspensão do funcionamento do Metrô às 20h, proibição de estacionamento na orla e a falta de ônibus extras para Copacabana, além do desvio de linhas regulares, contribuíram para a diminuição do público. A chuva fraca que caiu durante o dia e à noite e a instalação de mais 10 pontos de queima de fogos em outras partes da cidade também ajudaram. A intenção da prefeitura em instalar esses outros pontos de show pirotécnico nos outros bairros foi evitar o deslocamento do público para Copacabana.
Música
Ainda para evitar aglomerações, a prefeitura decidiu que neste réveillon não haveria os shows em palcos espalhados na orla de Copacabana. O público, no entanto, não ficou sem música. Foram instaladas 25 torres de som em vários pontos da Praia, com a transmissão da programação do DJ MAM a partir das 20h, que podia ser vista também por redes sociais da prefeitura.
Com Agência Brasil
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!