Investigação
Adriana Belém deixa presídio após decisão da Justiça
Delegada foi aposentada pela Polícia Civil
A delegada aposentada Adriana Belém deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, na tarde desta quarta-feira (19). Ela vai responder a acusação de ligação com uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho em liberdade.
A decisão de soltura é do juiz Bruno Monteiro Rulière, da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital. O magistrado destacou a recente aposentadoria de Belém como delegada da Polícia Civil. Segundo Rulière, Adriana terá que cumprir medidas cautelares para se manter livre da prisão.
“A situação (da aposentadoria) tem o condão de modificar o cenário fático e jurídico observado quando da decretação da medida extrema. (...) No caso, o afastamento definitivo da acusada da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e observado, em especial, a imputação que pesa em seu desfavor (um ato específico de corrupção), são circunstâncias que, quando reunidas, demonstram que o tempo de custódia provisória atingiu os fins acautelatórios almejados, sendo certo que, nesta oportunidade, a aplicação de outras medidas cautelares diversas da prisão revelam-se adequadas e suficientes para assegurar a proficuidade do provimento final de mérito”, escreveu o magistrado.
Adriana terá que cumprir medidas como de obrigação de manter seu endereço atualizado; ficar suspensa de qualquer função pública de natureza política, cargo ou função comissionados, assim como a direção ou assessoramento de entidades autárquicas ou fundacionais, empresas públicas ou sociedades de economia mista, bem como as permissionárias e concessionárias de serviço público; e também não manter contato, inclusive por meios eletrônicos, com os demais acusados e testemunhas.
A delegada foi denunciada na Operação Calígula, que investiga organização criminosa que explora jogos de azar, em maio deste ano. De acordo com a denúncia, Belém e outros agentes públicos solicitaram e receberam vantagens indevidas para retardar operações ou negligenciar atos de ofício, favorecendo as atividades criminosas.
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