Violência
Adolescente muda de cidade após ser agredido e estuprado na escola
Pais denunciaram os crimes à polícia
Pais de um adolescente fizeram uma denúncia à polícia informando que o filho deles, de apenas 12 anos de idade, sofreu estupro coletivo e agressões físicas de colegas do colégio. O caso teria acontecido em uma escola pública do estado de Recife. A Polícia Civil abriu uma investigação sobre o caso.
De acordo com o Portal G1, os familiares relataram que os agressores iam atrás do adolescente nos horários de intervalo, já que o garoto começou a não sair por medo de ser caçado.
“Eles entravam, jogavam ele no chão e espancavam ele ali, para ninguém ver. Chegaram ao ponto de levar ele para o banheiro, né? Aí, botaram arma na cara dele. E foi quando três deles seguraram ele e os outros cometeram o abuso”, relatou a mulher ao jornal.
Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes do garoto e dos parentes não foram divulgados. O menino chegou a fazer exame no Instituto de Medicina Legal (IML) após o registro do boletim de ocorrência.
Relatos da família ao G1 apontavam que o aluno não tinha muito contato com outros alunos por conta do tempo afastado devido à pandemia do coronavírus, então era considerado "novato" pelos demais. Ele começou a frequentar as aulas presenciais neste ano.
Os primeiros sinais da agressão foram notados pela mãe. Ela contou ao portal que acreditava que os hematomas apareciam por conta dos treinamentos esportivos da escola, já que o garoto é atleta. O adolescente chegou a fingiu comparecer à escola, mas faltou aulas sem que a família soubesse.
Quando uma pessoa da escola ligou para a família em busca de entender o motivo das faltas, a mãe descobriu que o filho estava em perigo. A representante escolar teria contado, por telefone, o que o adolescente havia dito sobre o medo de estudar lá.
Segundo a mãe, a resposta da instituição de ensino foi negativa. "Disseram que era tudo coisa da cabeça dele. Que nada disso era verdade, que eu não desse importância", recordou.
Por conta de todos os fatos, a família decidiu, trocar o adolescente de colégio. O advogado da família, Adalberto Barros contou ao G1 que os agressores eram mais velhos que o garoto, que alguns, inclusive, tinham mais de 18 anos.
A mãe prestou queixa na Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente (DPCA) em 13 de abril por ameaça e estupro de vulnerável ocorrido um mês antes. O boletim de ocorrência divulgado mostra que os crimes teriam sido cometidos em um estabelecimento público, a escola estadual na Zona Sul do Recife, onde o garoto estudava.
Segundo o G1, o jovem foi levado pela polícia para fazer exames.
"Ele estava com síndrome do pânico quando ia falar. Estava fazendo uso de medicamento muito forte. Então, está tendo todo um trabalho psicológico, até da delegacia na ouvida especial, para extrair essas informações dele sem machucar tanto a vítima", relatou o advogado ao portal.
Mudança
Preocupada e traumatizada, com medo das ameaças, a família decidiu se mudar com o menino para outra cidade. “Acabou com a saúde mental, social, saúde. Acabou com a vida do meu filho. Eles sabiam onde ele morava, eles ameaçavam toda a família, sabiam o nome da gente", disse a mãe.
O caso segue em investigação.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!