Fraude
Acusadas do golpe da falsa assinatura de revista se entregam na DP
Outras duas pessoas da quadrilha ainda estão foragidas
Três acusadas de aplicar o golpe da falsa assinatura de revista, que usava o nome da Bienal do Livro, se entregaram na 21ª DP (Bonsucesso), na noite desta terça-feira (16). A quadrilha atuava em Niterói, São Gonçalo e no Rio de Janeiro, segundo a Polícia Civil.
Michele Aparecida Silvério, de 46 anos, Natália Cristina de Campo, de 40, e Bárbara Gabriele Machado Velho, de 25, estiveram na delegacia acompanhadas de um advogado, que afirmou que vai comprovar a inocência das acusadas.
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Segundo o delegado Daniel Rosa titular da 77ª DP (Icaraí), Michele é companheira de Diogo Lázaro Corrêa Bonfim, de 41 anos, que é considerado chefe da quadrilha e que abriu a empresa DG Empreendimentos que seria usada para dar legalidade às ações do bando.
Já Bárbara é irmã de Diogo, enquanto Nathália não tem parentesco com ninguém do grupo. Segundo a Polícia Civil, os acusados de estelionato deram um prejuízo de mais de R$ 200 mil às vítimas.
Reginaldo Vieira Rocha, apontado como o motorista da quadrilha, e Pablo Barboza da Silva, suspeito de receber os valores do golpe, também foram presos nesta terça. Emily Amancio Lira Pereira, de 23, e Diogo Lázaro Corrêa Bonfim que atuavam abordando as vítimas na rua ainda estão foragidos.
Como funcionava o golpe?
Segundo o delegado titular da 77ª DP (Icaraí), Daniel Rosa, os criminosos abordavam pessoas idosas e ofereciam bonecos de desenhos animados, acompanhados de assinaturas de revistas, pelo valor de R$ 79. No entanto, na hora de realizar o pagamento, efetuado por máquina de cartão, os criminosos cobravam 10 vezes mais: R$ 799 - no equipamento.
De acordo com os agentes, em outubro do ano passado, uma vítima foi abordada no Centro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, por duas mulheres que alegavam ser representantes da Bienal do Livro.
A oferta era a assinatura de revistas, mais um brinde, que era entregue no ato. Na hora de passar o cartão, os criminosos usaram duas máquinas, alegando que a primeira havia dado erro. No fim, fizeram duas compras indevidas em valores altos.
Quando soube da situação junto ao banco, a vítima contestou a compra e recebeu a notícia de duas mulheres presas em Niterói, por situação parecida. Ela comunicou o fato na delegacia, que iniciou uma investigação contra a quadrilha.
A Bienal International do Livro do Rio de Janeiro disse que repudia o uso de sua marca por criminosos e espera que os responsáveis sejam punidos.
"É importante deixar claro, a fim de evitar que outras pessoas sejam enganadas, que a Bienal do Livro Rio não comercializa assinaturas de livros ou revistas e tampouco conta com representantes comerciais para oferecer produtos ou serviços à população. Toda comunicação da Bienal com seu público é feita pelos canais oficiais: site (www.bienaldolivro.com.br), Instagram (@bienaldolivro), Facebook (/bienaldolivro) e TikTok (@bienaldolivro)", explicou a Bienal do Livro em nota.
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