Violência
Acusada de matar amiga queimada na Região dos Lagos é presa
Crime aconteceu em Arraial do Cabo no mês de abril
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (17), Anna Clara de Assis Barroso de Oliveira Couto de Farias, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Ela é acusada de ter participado na morte da amiga Nayara Jeovanna Coutinho de Souza, de 19 anos, em Arraial do Cabo no dia 18 de abril deste ano.
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Segundo as informações da 132ª DP (Arraial do Cabo), Anna Clara teria matado Nayara junto com outra pessoa, usando golpes de faca e queimaduras com gasolina. Em seguida, a acusada teria procurado a polícia de Araruama, dizendo que as duas haviam sido vítimas de um sequestro e um roubo. Mas na verdade, tudo não passava de uma farsa.
Acusada relatou que diante da ameaça acabou esfaqueando Nayara, e em seguida, os criminosos teriam jogado um líquido inflamável nas duas e fugiu pela área de mata
Para os investigadores, Anna Clara informou que ela e Nayara estavam indo em direção à Região dos Lagos, quando pararam para fazer xixi e foi nesse momento, de acordo com ela, que ambas foram surpreendidas por dois homens em cima de uma moto, que anunciaram um roubo.
Ainda de acordo com Anna Clara, o piloto da moto roubou o celular e outros objetos de Nayara e fugiu. Já o carona, de acordo com ela, entrou no carro delas e foi em direção à Região dos Lagos, e quando chegaram perto da Praia do Pneu, foi ordenado que as duas dessem facadas uma na outra.
A acusada relatou que diante da ameaça acabou esfaqueando Nayara, e, em seguida, o criminoso teria jogado um líquido inflamável nas duas e fugiu pela área de mata.
Mulher alegou ainda que conseguiu pegar carona na estrada e dirigiu até a Delegacia de Araruama. No entanto, infelizmente, sua amiga não teve a mesma sorte e foi capturada pelo criminoso, que a incendiou.
Nayara recebeu ajuda de moradores de um condomínio próximo ao local, mas, após ficar internada por vários dias com queimaduras em cerca de 70% do corpo, não sobreviveu aos ferimentos.
Durante a investigação do caso, o setor de inteligência da polícia descobriu, com base em laudos periciais e evidências coletadas na 132ª DP, que a versão de Anna Clara era "contraditória e inconsistente" e que havia indícios de sua participação no crime.
A polícia, portanto, solicitou a prisão temporária da suspeita e realizou buscas e apreensões em locais relacionados ao seu cúmplice.
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