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    Meio ambiente

    Pescadores retiram lixo flutuante de praias e manguezais

    Material retirado acaba descartado pelos moradores no local

    Publicado 29/06/2022 às 21:42 | Autor: Enfoco
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    Atualmente, os pescadores estão realizando esse trabalho de limpeza, no canal de Magé, nos rios Suruí, e estrela, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, nos rios Imbuaçu, Pomba, Marimbado
    Atualmente, os pescadores estão realizando esse trabalho de limpeza, no canal de Magé, nos rios Suruí, e estrela, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, nos rios Imbuaçu, Pomba, Marimbado |  Foto: Divulgação

    O lixo flutuante e demais resíduos sólidos encontrados na costa e manguezais do Rio de Janeiro, é uma realidade dura para os pescadores, além de causar uma grande degradação do meio ambiente e dos recursos hídricos, como a atividade pesqueira, prejudicando também representantes da flora e da fauna local.

    Atualmente, os pescadores estão realizando esse trabalho de limpeza, no canal de Magé, nos rios Suruí, e estrela, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, nos rios Imbuaçu, Pomba, Marimbado, entre outros. Todo material retirado, é o lixo que não vai para coleta seletiva, na grande maioria das vezes são descartados pelos próprios moradores dentro dos rios.

    Mais de 150 toneladas desse lixo já foram retiradas por meio da Federação Estadual dos Pescadores do RJ, desde o mês de fevereiro, que é responsável pelo projeto “Águas da Guanabara”, que visa quantificar e qualificar os resíduos sólidos e os impactos que eles possuem sobre a fauna e flora da Baía de Guanabara, através de novos olhares sobre esses problemas.

    De acordo com a Federação, é certo, que uma educação ambiental que sensibilize a sociedade acerca da importância da preservação e conservação da baía de Guanabara e seus rios afluentes, se faz necessária.

    O projeto está sendo realizado, para analisar as condições territoriais, ambientais e econômicas, dar um diagnóstico ambiental e poluidor (resíduos sólidos flutuantes e de fundo), mapear os pontos críticos, conscientizar sobre os riscos para futura sustentabilidade junto à destinação do material retirado. 

    Segundo o presidente da federação, Luiz Carlos Furtado, o trabalho realizado por esses pescadores diariamente, tem sido gratificante. 

    “É importante frisar que, o prejuízo com todo esse lixo, reflete no meio ambiente, a vida dos pescadores que tem suas redes de pesca danificadas, e também na vida da própria população que acaba jogando os resíduos nos rios. E com essa limpeza, os peixes voltam par ao habitat natural, e a vegetação se transforma sozinha”, explicou o presidente da federação.

    Além da retirada do lixo, existe uma grande preocupação com a questão social dos pescadores. A federação já realizou ação com mais de 140 profissionais da pesca: exames de rotina, com objetivo de identificar possíveis problemas de saúde e encaminhar para um médico especializado (com apoio das prefeituras). Eles também recebem auxilio alimentação, a remuneração pelo trabalho de coleta, e auxílio no que diz respeito a documentação da embarcação e também do pescador.

    “O projeto “Águas da Guanabara, além da preocupação ambiental, visa também o social. Por isso mantemos um banco de dados com relatórios mensais sobre a saúde dos pescadores, eles são remunerados para atuarem na coleta dos resíduos sólidos não orgânicos, três vezes por semana, das 8 da manhã até o meio dia”, explicou o coordenador técnico, Alberto Toledo.

    Todo lixo retirado da costa, é encaminhado para as prefeituras locais, para ser dada a devida destinação. De acordo com o presidente da colônia de pescadores de Niterói/ São Gonçalo Z8, Gilberto Alves, os pecadores já tinham o desejo de realizar esse trabalho desde 2010.

    “O projeto já existiu, porém com outro nome, agora voltamos e estamos fazendo nossa parte, agora cabe a população não jogar lixo nos rios. Em apensa um mês, já temos um resultado muito significativo: a melhoria da qualidade de vida do pescador, do mangue, do solo, da água, fauna e flora.

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