Cidades
UFF é abandonada pelo Governo Federal
O abandono no campus do Gragoatá da UFF, localizado em São Domingos, Zona Sul de Niterói, foi relatado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff) em uma de suas redes sociais, nesta quinta-feira (4). De acordo com o sindicato, “o local apresenta uma situação degradante, repleto de lixo, entulhos e mato”.
Ainda segundo o Sintuff, o abandono acontece desde o início do ano letivo e é resultado da falta de pagamento por parte da universidade à empresa responsável pela limpeza do campus.
“Isso ocasionou, no início das aulas, uma greve dos funcionários terceirizados. A instituição pagou parte dos débitos e pretende não renovar o contrato com a empresa, argumentando redução de gastos e falta de repasse de verbas do governo federal. No entanto, a reitoria não divulga como resolverá problema”, dizia a publicação.
Nos comentários, estudantes, funcionários e frequentadores lamentaram a atual situação. Foi o caso da niteroiense Daniele Portugal, que afirmou ficar assustada em ver como o campus do Gragoatá está “de qualquer jeito”.
O documentarista Rodrigo Dutra relatou que “o reitor está mais preocupado em retirar o direito dos servidores”.
A funcionária e estudante da universidade, Eneida Lundgren contou que até a frente da reitoria está cheia de mato. “Não existe mais jardim”.
BusUFF e Bandejão
Este não é o único problema que funcionários e estudantes da UFF têm enfrentado. No dia 26 de março o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) informou que os 75 rodoviários que dirigem o BusUFF estão sofrendo há pelo menos sete meses com atrasos nos pagamentos de salários. O prazo para que o pagamento seja realizado vence nesta sexta-feira (5), às 17h. O sindicato informou que, caso não seja cumprido, a paralisação da categoria acontecerá na segunda-feira (8).
Já em relação ao bandejão, alunos da universidade relataram que pode haver aumento no valor da refeição, que atualmente é R$ 0,70. A informação, no entanto, não foi confirmada pela UFF.
Procurada, a UFF informou que “o atraso nos pagamentos é consequência da perda real do orçamento das IFES. As universidades federais estão com o orçamento de custeio congelado desde a aprovação da emenda constitucional do teto dos gastos em 2016 e estão sofrendo cortes em verbas discricionárias. Apesar do fluxo financeiro mensal não ter sido regular e o montante repassado ter sido inferior as nossas despesas, a UFF está buscando verbas suplementares e emendas parlamentares para aumentar a sua receita e poder, assim, honrar as suas dívidas”.
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