Cidades
Três meses depois do resgate em SG, o reencontro
Três meses após ser resgatado debaixo de um carro, no bairro Porto da Madama, em São Gonçalo, o pequeno Pedrinho recebeu uma visita para lá de especial. O policial, os paramédicos da Samu e a mãe acolhedora foram conhecer a nova família que adotou a criança, no bairro Mutondo.
O caso aconteceu em agosto, o bebê foi encontrado por um universitário em meio ao lixo e embaixo de um carro, modelo Fiat Elba, na Rua Belo Horizonte. De acordo com o estudante, ele passava pela rua quando ouviu o choro do bebê.
A Polícia Militar foi acionada e a criança foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas, no bairro Zé Garoto. No mesmo dia, o bebê foi transferido para o Hospital Universitário Antônio Pedro, no Centro de Niterói.
Um dos policiais militares da equipe foi o aspirante a tenente Braga, lotado há oito meses no Batalhão de São Gonçalo (7º BPM). Segundo o agente, a ocorrência de Pedrinho marcou o início da sua carreira na instituição.
"Ser policial não é somente combater o crime, mas servir a população e proteger no que for preciso. O Pedrinho não me fez ganhar uma promoção ou título, mas fez eu enxergar o mundo de outra forma. Agora eu consigo perceber que mesmo sem conhecer as pessoas, eu preciso ajudá-las porque um dia eu fui ajudado", contou o PM.
Na época, o Conselho Tutelar foi acionado e a criança foi acolhida pelo programa Família Acolhedora. Em seguida, foi aberto o processo de adoção e a mãe escolhida foi a balconista de farmácia Vivian de Oliveira, de 42 anos. Segundo a moradora do Mutondo, ela estava na fila para adotar há sete anos.
"Quando fui chamada para a adoção, nunca imaginei que seria esse bebê tão especial. Ele mudou tudo na minha vida, chegou em casa um dia para completar dois meses. Foi um misto de muita emoção, pois no dia do mesversário dele, eu perdi um tio muito querido", disse.
Para Vivian, é importante agradecer ao trabalho prestado pela família acolhedora. Criado como uma política pública protetiva para crianças em situação de vulnerabilidade, o serviço acolhe crianças de zero a seis anos em um lar temporário.
Pedrinho agora tem um casal de irmãos, de 21 e 18 anos, e até um sobrinho, com diferença de apenas 10 dias.
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