Estética & beleza
Tendências do mundo da beleza são temas de palestras em São Gonçalo
Empreendedores debateram o segmento levando novidades do setor
As tendências do mundo da beleza são destaques na Palestra Empreendedores, que aconteceu nesta segunda-feira (29), em um prédio comercial no Centro de São Gonçalo.
Essa é a primeira edição do evento, comandado pela empresária Márcia Rosane, a Márcia Bronze, precursora da atividade de bronzeamento artificial para fins estéticos na cidade.
Na imersão, com cerca de oito horas de duração, aproximadamente 40 participantes aprenderam estratégias e o plano de ação para colocar a própria empresa em um novo ambiente de negócios - principalmente aqueles voltados ao personal bronze.
Importância do uso de produtos voltados ao bronzeamento, registrados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de corretos registros de marcas (patentes), métodos inovadores de design de biquínis e tudo sobre o universo de Microempreendedor Individual (MEI) para profissionais de beleza e saúde, foram questões abordadas ao longo das14 palestras
A importância do uso de produtos voltados ao bronzeamento registrados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de corretos registros de marcas (patentes), métodos inovadores de design de biquínis e tudo sobre o universo de Microempreendedor Individual (MEI) para profissionais de beleza e saúde foram questões abordadas ao longo das 14 palestras.
"É uma profissão que está em alta. É autoestima pra todo mundo. Aqui tem uma metade que já é personal bronze e está montando o próprio espaço; e outra que está cursando", disse Márcia Rosane, que preparou kits exclusivos para as participantes, além de sorteios e coffes breaks.
Eu fui a pioneira em São Gonçalo, uma das primeiras que trouxe o bronzeamento pra cá. E deu certo. Hoje a gente deve ter mais de 500 mulheres atuando na vizinhança, cada uma com seu espaço nas regiões de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá e Itaipuaçu. A ideia é unir todo mundo para a profissão se formalizar no mundo inteiro
A empresária tem dois espaços para prestação desse tipo de serviço, que ficam nos bairros Itaúna e Alcântara. Ela demonstra orgulho por ter dado o start no município e luta pela regularização da atividade em todo o país.
Autoestima
Dona da marca Miami, a empresária Sabrina Souza viu no ramo de bronzeamento artificial um modo de aumentar a autoestima das mulheres, isso ainda no início da pandemia de Covid-19. Desde então, por mês, ela diz atender até 900 pessoas nos espaços que ficam nos bairros Porto da Madama, Antonina e Neves.
"Quando eu comecei era só eu. E três meses depois era eu, minha irmã e minha mãe, e hoje somos 12 pessoas trabalhando, um atendimento médio de 700 a 900 pessoas ao mês. Eu tenho três espaços de bronzeamento em São Gonçalo e um salão de beleza. É uma área que gera empregos no município e gera saúde, porque o sol tem muitos benefícios, se feito de maneira saudável", pontuou.
Sabrina alerta que a responsabilidade de uma personal bronze é, principalmente, fazer uso de produtos devidamente registrados pela Anvisa.
"Também obedecer o tempo seguro pra cada tipo de pele, buscar por conhecimento, participar de cursos, palestras feitas por pessoas que realmente entendam, que são formadas na área da saúde ou da beleza, para que seja feito um trabalho realmente seguro. Essa é a intenção: conscientizar as pessoas. Não fazer misturas caseiras porque a gente não é química", enfatizou.
Criadora da marca Vegas Bronze, com sede no Apollo III, em São Gonçalo, a empresária Thaís Ferreira diz que trabalha com produtos acessíveis, segundo ela, devidamente testados e registrados.
"Eu trabalho com uma linha dermatologicamente testada e registrada pela Anvisa. Todos os produtos têm registro de segurança, de eficácia. São acessíveis. Temos produtos para cuidados pessoais, como protetor solar, hidratantes, gel pós-sol. Não é só no bronzeamento que nós focamos, mas também no bem-estar, na saúde das nossas clientes e todos são muito procurados", enfatiza.
A agente da Propriedade Intelectual Daniele Aparecido ensinou ao público sobre como registrar uma marca e protegê-la de concorrências desleais.
"Muitas pessoas não conhecem a importância, porque no Brasil, infelizmente, o registro de marca, ele não é obrigatório. Elas só vão realizar quando recebem uma notificação ou ouvem alguém que recebeu e tem um prejuízo".
Aparecido mostrou as consequências de ter marcas similares ou idênticas no mercado. Segundo ela, vão desde o indeferimento até ao pagamento de multa de 30% do patrimônio, devido ao direito autoral registrado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
"Se não pagar, pode ser preso. Então, tem muito risco", avalia. Segundo ela, ter uma consultoria desde o início é fundamental no decorrer do processo.
Daniela Alves trabalha com design de biquínis há oito anos em Maricá. Ela mostrou às participantes da palestra o verdadeiro significado da simetria no corpo da cliente.
"A gente precisa deixar ângulos bonitos, ângulos que valorizam o corpo, ângulos que deixam o design natural e leve… E buscar leveza para se aproximar ao máximo do biquíni de pano tradicional, porque o que as mulheres querem hoje é isso, suavidade".
Já o empreendedor digital Luiz Carlos falou sobre a importância da imagem no ambiente virtual.
"Uma imagem profissional, uma foto bem tirada, um vídeo bem elaborado, eu acho que isso conta muito pra uma boa divulgação do serviço. E, principalmente, o que traz uma boa imagem, não é só uma imagem… Vem de autoestima, autoconhecimento, empoderamento, reconhecimento de profissão, isso tudo faz parte".
Ele enfatiza, ainda, que uma boa imagem interfere no bolso.
"O fato do retorno financeiro com uma boa imagem tem uma junção com a qualidade do trabalho. Então é importante, sim, uma boa imagem é muito importante, mas também uma dedicação à profissão".
Por fim, a especialista em Gestão Financeira para empresas da Beleza e Saúde, Kátia Alves, expert em MEI, contou que é preciso ter cuidado em várias situações.
"Existe uma vendagem do MEI [Microempreendedor Individual] como sendo algo muito simples e fácil, quando na realidade é necessário ter atenção a várias situações. Antes eu preciso saber: recebo subsídio do governo? Vai impactar na minha vida de que forma? Eu sou funcionário público, posso abrir? A prefeitura vai me permitir abrir? O fato de não precisar de alvará, não significa que não precise consultar a prefeitura. São detalhes que não são ditos", resumiu.
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