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    Tragédia

    'Sorriso contagiante', diz amiga de jovem atropelada em Niterói

    Enterro de Jennyfer aconteceu nesta sexta, em São Gonçalo

    Publicado 16/12/2022 às 13:39 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Jennyfer tinha 20 anos e foi atropelada ao atravessar a rua enquanto estava ao celular
    Jennyfer tinha 20 anos e foi atropelada ao atravessar a rua enquanto estava ao celular |  Foto: Arquivo da família

    Parentes e amigos de Jennyfer Souza de Medeiros, de 20 anos, deram o último adeus à jovem nesta sexta (16), no Cemitério Parque da Paz, no bairro do Pacheco, em São Gonçalo. A menina morreu após ser atropelada por um ônibus na Avenida Visconde do Rio Branco, no Centro de Niterói, na última quarta-feira (14). O velório dela ocorreu na parte da manhã e ela foi sepultada por volta das 13h. 

    Jennyfer é considerada pela família como uma menina boa, religiosa e que era sempre carinhosa com todos. Ela havia acabado de tirar sua carteira de habilitação. 

    Leia+: Estudante morta atropelada em Niterói voltava do trabalho

    A tia dela, Mariana Monteiro, de 27 anos, disse que a mãe de Jennyfer não teve condição de ir até o sepultamento. Ela está em casa a base de remédios. O avô materno também passou mal antes de sair e, por isso, a família preferiu que ele não fosse. Jennyfer morava com a mãe, o pai e o irmão de 16 anos. No mesmo quintal, morava a avó e o avô paternos. Todos eles moravam no Jockey. 

    “A gente sempre se dedicou para o nosso futuro e ela aprendeu isso. Hoje, estava estudando para ser enfermeira”, contou. 

    Sepultamento aconteceu nesta sexta no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo
    Sepultamento aconteceu nesta sexta no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo |  Foto: Karina Cruz
    Aspas da citação
    O Natal acabou. Tínhamos feito planos de nos reunir, mas agora acabou. Era ela quem trazia alegria, brincava. Em casa, ela começava a louvar. Era uma menina dedicada, amiga, que desde a escola lutava muito pelo que queria
    Mariana Monteiro tia
    Aspas da citação
      

    Jennyfer acordava cedo para ir trabalhar. Ela largava da lanchonete em que trabalhava por volta das 14h e de lá seguia para a faculdade. 

    A família planejava um Ano Novo diferente: eles iam passar o dia na Ponta da Areia. “Sempre passávamos na igreja e esse ano seria diferente. Já estava tudo organizado, ia ser um passeio diferente, mas agora não vamos conseguir fazer mais nada sem ela”, disse a diarista. 

    A última conversa de Mariana com a sobrinha era sobre elas marcando de irem em um culto de igreja juntas na última quinta-feira (15), o que não aconteceu. “Eu fiquei sabendo por telefone, me ligaram contando e meu marido foi quem reconheceu o corpo no IML naquela mesma noite do acidente. Estou dormindo a base de remédio, é difícil, muito mesmo. Ela sempre me mandava mensagem falando “titia, quando você vai fazer quando aquela comida gostosa?” Ela adorava que eu fizesse arroz com mexilhão ou estrogonofe de camarão”, contou a tia da vítima. 

    Parentes precisaram ser amparados durante o velório da menina
    Parentes precisaram ser amparados durante o velório da menina |  Foto: Karina Cruz

    Uma outra característica de Jennyfer era a fé. Desde nova, ela ia para a igreja, como contou a amiga dela de igreja Karol Metello, de 26 anos. 

    “A última vez que a encontrei foi há duas semanas. Foi quando ela conheceu minha filha de seis meses. Eu e meu esposo brincamos com ela e perguntamos se ela já tinha feito 18 e ela disse que já tinha 20. Eu e ele falamos como estávamos ficando velhos. Ela era muito alegre e o sorriso era contagiante”, contou a do lar. 

    A jovem saía do trabalho quando o acidente aconteceu. Ela era missionária de uma igreja evangélica. Durante o velório, as pessoas cantaram louvores e pregações. Ao final, houve uma salva de palmas para Jennyfer. 

    O caso 

    Jennyfer foi morta atropelada por um ônibus na tarde da última quarta (14), no Centro de Niterói. Segundo testemunhas, o acidente aconteceu na Avenida Visconde do Rio Branco, na pista sentido Terminal Rodoviário, na altura da Estação das Barcas.

    Ela atravessa a via na faixa de pedestres, mas com o sinal aberto para os veículos, e não percebeu a aproximação do coletivo da linha 46. Ela fazia a travessia da calçada junto aos prédios para o largo da estação. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 14h e já encontrou a menina morta. O caso foi registrado na Central de Flagrantes (76ª DP).

    O Setrerj, que representa os consórcios Transnit e Transoceânico, lamentou o acidente que levou à morte de Jennyfer. E disse que o motorista da linha 46 (Várzea das Moças - Centro), da viação Pendotiba, já prestou depoimento à polícia.

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