Manifestação
Servidores do Polo Gaslub protestam por 30% de periculosidade em Itaboraí
Reinvindicação acontece nesta segunda-feira (4)
Servidores do Polo Gaslub Itaboraí, o antigo Comperj, realizam uma manifestação no Alto do Caju, em Itaboraí, na manhã desta segunda-feira (4), reivindicando o pagamento dos 30% de periculosidade.
Protestantes dizem que a Petrobras estaria se negando a pagar o benefício a todos os servidores, selecionando apenas um número pequeno. A empresa ainda não apresentou justificativa à reportagem.
O manifesto é promovido pelo Sindicato do Trabalhadores de Montagem e Manutenção Industrial de Itaboraí e São João da Barra (Sintramon).
Ao menos 5 mil protestantes estariam presentes no ato, segundo o secretário geral do Sintramon, Thyago Rodrigues.
“A Petrobras não se nega a pagar os 30%, mas quer selecionar. O sindicato vê isso de uma forma errada. Porque se na unidade já está entrando gás, a gente tem a visão que todos que atuam no canteiro do Comperj têm que receber”, conta.
Os trabalhadores estão reunidos em uma via principal da região, desde às primeiras horas da manhã. Segundo a categoria, não há prazo para sair do local.
“Os trabalhadores estavam querendo esse movimento há muito tempo. Estávamos tentando negociar, chegar em um denominador comum, mas tem hora que não conseguimos segurar a vontade do trabalhador. Somos porta-voz dos servidores”, diz Thyago.
Novas soluções vinham sendo avaliadas para o local. A Petrobras havia anunciado estudos sobre a construção de uma planta de processamento de lubrificantes, a partir de interligações já existentes de algumas unidades do Polo com a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), permitindo a produção de lubrificantes e combustíveis de alta qualidade a partir de produtos intermediários da refinaria.
Também estava em análise a possibilidade de construção de uma térmica em parceria com outros investidores para geração de energia a partir do gás do pré-sal processado no GasLub.
O local seguia com as obras para concluir a construção do Projeto Integrado Rota 3, que inclui uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e um gasoduto. Previsto para ser concluído ainda este ano, o Rota 3 terá capacidade para escoar e processar diariamente 21 milhões de metros cúbicos de gás do pré-sal, segundo a Petrobras.
“Tem empresa que tem 1 mil pessoas. E só 250 que vai receber os 30% de periculosidade. Todos estarão expostos aos riscos, como o de explosão, por exemplo. Eles trabalham com gás. Está começando a ser feito testes, entrando em fase de funcionamento”, alerta Thyago Rodrigues, do Sintramon.
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