Temor
Multa após 22h ou não? Radares geram dúvidas na RJ-106, em SG
Motoristas pedem sinalização em local de assaltos
Motoristas que trafegam pela RJ-106, em São Gonçalo, têm questionado a regulamentação que define o horário de funcionamento dos radares de velocidade. A medida prevê que os equipamentos operem das 6h às 22h, mas alguns condutores afirmam que os aparelhos estariam funcionando além desse horário.
O fato tem gerado apreensão, principalmente diante da crescente onda de roubos e assaltos na região. ENFOCO apurou, na última quinta-feira (17), que os radares localizados nos trechos de 50 km/h, na altura de Tribobó, e de 60 km/h, no bairro Almerinda, não possuem sinalização informando os horários de operação. A ausência dessas informações tem deixado motoristas sem clareza sobre a nova regulamentação.
A falta de sinalização também tem contribuído para que motoristas se sintam inseguros no período noturno. Casos de roubos e assaltos são mais comuns à noite, quando, segundo relatos, os radares estariam ainda em operação, apesar da regulamentação oficial.
“Fico preocupado porque ou você reduz e corre o risco de ser assaltado, ou mantém a velocidade e pode ser multado. O radar fica funcionando a noite inteira”, afirmou Rogério Marques, de 34 anos.
Já Almiran José, que trabalha há quatro anos às margens da rodovia, afirmou que não há possibilidade de se sentir confortável na região durante a noite.
“Esses assaltos são coisas que não deveriam acontecer, mas estamos no Brasil, então é assim que funciona. Durante o dia, dificilmente acontece assalto por aqui, mas de noite é imprevisível”, afirmou o vendedor.
Regulamentação
A nova regulamentação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) prevê que os radares funcionem apenas das 6h até às 22h.
Questionado, o órgão informou à reportagem que pretende ampliar os informes sobre os horários de funcionamento dos aparelhos.
''A legislação não obriga a instalação de placas informando o horário de funcionamento, mas ainda assim, o DER divulga o horário nos seus painéis de mensagens variáveis. O DER também já tem na sua programação ampliar essa informação por meio de placas instaladas próximas aos equipamentos de fiscalização eletrônica'', informou.
Veja abaixo um exemplo de informe sobre a operação dos radares.
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