Logo Enfoco


    Justiça

    Mulher trans morta em SG tem gênero reconhecido na certidão

    'Agora enterrei minha filha', diz mãe da cantora Amanda Soares

    Publicado 13/03/2024 às 20:13 | Autor: Enfoco
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    Amanda Soares teve o reconhecimento de gênero, após 45 dias da sua morte
    Amanda Soares teve o reconhecimento de gênero, após 45 dias da sua morte |  Foto: Reprodução

    A luta por reconhecimento e justiça para Amanda de Souza Soares Souza, uma mulher trans de 23 anos brutalmente assassinada em São Gonçalo, no dia 1º de fevereiro deste ano, alcançou um marco significativo nesta terça-feira (12).

    Após um período de 45 dias de batalha, a irmã de Amanda, Rhayanny Souza, finalmente recebeu uma nova certidão de nascimento pós-morte, reconhecendo sua identidade de gênero como mulher trans. 

    Leia +: Mulher trans, de 23 anos, é morta a facadas em São Gonçalo

    Leia +: Passista de Niterói morta a facadas queria ser cantora sertaneja

    Leia +: Acusado de matar passista de Niterói é preso: 'Justiça sendo feita'

    O documento foi entregue pelo Centro de Cidadania LGBTI Metropolitana I, localizado em Niterói, que forneceu apoio à família e acompanhou o caso de perto.

    O documento foi entregue pelo Centro de Cidadania LGBTI
    O documento foi entregue pelo Centro de Cidadania LGBTI |  Foto: Divulgação / CCLGBTI

    Na última sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o juiz André de Souza Brito havia determinado a requalificação civil pós-morte na certidão de nascimento e atestado de óbito de Amanda, durante uma audiência na Justiça Itinerante de Subregistro, na Cidade Nova, na Zona Central do Rio. 

    Visivelmente emocionada, a mãe de Amanda, Silvia de Souza, expressou sua gratidão pela decisão do juiz, enfatizando a importância de honrar a identidade de gênero de sua filha. 

    "Eu digo que enterrei meu filho há muitos anos, quando ela se assumiu pra mim. Agora enterrei minha filha. Ela merece ser enterrada com o nome que lutou tanto para ter. No Dia da Mulher, Amanda pode ir em paz. Se via como mulher e morreu por ser mulher trans", disse Silvia. 

    O caso

    A cantora Amanda Soares, de 23 anos, mais conhecida como Mandy Gin Drag, foi assassinada a facadas, no bairro Jardim Nova República, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, na madrugada de quinta-feira (1º). O corpo da mulher trans foi encontrado em um terreno baldio, próximo a sua casa.

    Segundo a Polícia Militar, "uma equipe do 7º BPM (São Gonçalo) foi acionada para o local e isolou a área". A equipe da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) realizou a perícia no local a fim de encontrar alguma evidência que possa contribuir na investigação.

    Em seguida, o corpo da vítima foi removido por bombeiros militares e depois encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó.

    Tags

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Funcionária é brutalmente agredida em clínica de Niterói; vídeo

    Próximo artigo
    >

    Pitel arremata ‘Poder do Falso’ no BBB 24; entenda a dinâmica

    Relacionados em São Gonçalo