Prejuízo
Fogo continua no Ceasa mais de 30h após incêndio: 'Muito triste'
Bombeiros seguem no Centro de Abastecimento, em São Gonçalo
Ainda há focos de incêndio no Ceasa, em São Gonçalo, na manhã desta segunda-feira (26), mesmo após mais de 30h das altas chamas consumirem três galpões no Centro de Abastecimento, localizado no bairro Colubandê, sendo um de cereais, o segundo de plástico e o terceiro um depósito onde ficavam mantidas caixas, dentre outros materiais.
Proprietários das lojas atingidas, ainda abalados pela perda irreparável, enfrentam o desafio de recomeçar seus negócios em meio à devastação iniciada na noite de sábado (24).
Leia+: Galpões do Ceasa do Colubandê podem cair a qualquer momento
Leia+: Saiba quais lojas pegaram fogo no Ceasa do Colubandê
Leia+: Ceasa do Colubandê, em São Gonçalo, pega fogo; veja estragos
O incêndio mobilizou equipes dos quartéis do Corpo de Bombeiros de Colubandê, Central, São Gonçalo, Niterói e São Cristóvão, que ainda trabalham no local combatendo os focos remanescentes.
Wesley, proprietário da loja de descartáveis plásticos Oleplastic, voltou ao local nesta segunda (26) e se deparou com a cena desoladora de sua loja completamente destruída.
O empresário, visivelmente chocado, colaborou com o Corpo de Bombeiros, fornecendo detalhes sobre o estabelecimento, que operava no mesmo local há 14 anos. Wesley acredita que o incêndio tenha sido acidental e já acionou a seguradora para avaliar os danos. Abalado, ele preferiu não comentar mais detalhes.
Além da Oleplastic, a mercearia JHC também foi consumida pelas chamas. Produtos da mercearia ficaram espalhados pelo chão do lado de fora, evidenciando a intensidade do incêndio.
Marcos Veras, funcionário da outra unidade da JHC há oito anos, expressou sua tristeza ao chegar para trabalhar e ver a destruição de uma das lojas de seu patrão.
“Fiquei muito triste. Graças a Deus não atingiu a outra loja”, comentou Marcos, aliviado por saber que pelo menos uma das unidades foi poupada.
Por volta das 7h30, a Defesa Civil chegou ao local para iniciar a avaliação dos danos estruturais nas lojas. O cenário de destruição atraiu curiosos, que se aglomeraram para acompanhar o trabalho dos bombeiros.
Entre eles estava Rosa Soares, moradora da região, que foi acordada durante a madrugada por uma ligação de sua filha, preocupada com a segurança do pai.
"Eu estava dormindo e minha filha me ligou desesperada perguntando pelo pai dela. Ela ficou aliviada ao saber que ele estava em casa, já que as lojas estavam pegando fogo. Lá de casa, nós escutamos o barulho dos bombeiros passando. É muito triste ver esse cenário de destruição, mas graças a Deus não houve vítimas", relatou Rosa.
Apesar do susto e das perdas materiais, a prioridade agora é garantir que não restem focos de incêndio e avaliar as condições de segurança das estruturas remanescentes.
Riscos
A Defesa Civil da Prefeitura de São Gonçalo informa que foi acionada para um incêndio no Ceasa, localizado no bairro Colubandê, que teve início por volta das 23h de sábado (24). A primeira equipe da Defesa Civil municipal chegou ao local por volta da 1h de domingo e segue dando apoio aos bombeiros desde então.
Os bombeiros solicitaram uma retroescavadeira, que foi obtida na manhã de domingo, com a ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura.
"Ao todo, três galpões foram atingidos, sendo um de cereais, o segundo de plástico e o terceiro é um depósito onde ficavam mantidas caixas, dentre outros materiais. No momento, a estrutura está comprometida e a entrada das equipes dos bombeiros não é indicada. Dentro dos galpões, há a presença de pequenos focos internos de fogo, incluindo um dos galpões que possui um porão", enfatiza em nota.
A Defesa Civil emitiu notificações de interdição para os galpões envolvidos, que possuem risco iminente de colapso estrutural.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!