Cidades
São Gonçalo adquire motos para combater Aedes Aegypti
Com objetivo de alcançar locais de difícil acesso no combate ao Aedes Aegypti, mosquito causador da dengue, zica e chikungunya, a Prefeitura de São Gonçalo adquiriu 10 motofogs, motos adaptadas para a pulverização de inseticidas. Os equipamentos são mais rápidos, econômicos e mais sustentáveis, poluindo até 70% menos do que os carros fumacê.
De janeiro até o momento, o município contabilizou 969 casos de dengue, indicando uma queda nos números em comparação a 2018, onde neste mesmo período a cidade registrou mais de 3 mil casos, de acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica.
A queda dos números é fruto do trabalho constante das ações preventivas e educacionais do Departamento de Vigilância Ambiental, que realiza nesta semana formação com os condutores das motofogs.
"Fechamos um contrato com a Fumajet, a única empresa no Brasil que desenvolve esse sistema. Agora temos 10 motofogs além dos cinco carros fumacê, ampliando nossos acessos a bairros e comunidades onde existem localidades de difícil acesso. Os números de dengue, zica e chikungunya já estão diminuindo e a tendência é que isso continue acontecendo, com o empenho de todas as nossas equipes e da população no combate ao mosquito", afirmou o secretário de Saúde, Jefferson Antunes.
As motos possuem um sistema que utiliza o próprio motor para gerar toda energia necessária, são 86% mais econômicas que os carros fumacê e 72% menos poluentes, com manutenção simples e barata e sistema GPS de rastreamento. O objetivo é que as motos circulem nas áreas de maior incidência de infestação dos mosquitos, sobretudo áreas próximas a rios e fora do eixo central da cidade.
De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelo Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, São Gonçalo aponta um resultado de baixo risco no nível de infestação com larvas do mosquito na cidade. Dos 92 bairros do município, 65 apresentam um índice satisfatório, de acordo com os indicadores do Ministério da Saúde.
O Departamento de Vigilância Ambiental conta ainda com mais de 600 agentes que realizam todo o trabalho de fiscalização dos espaços, colocação de telas em caixas d`água e eliminação de possíveis focos. Entretanto, somando as ações dos motofogs e carros fumacê, para o coordenador do Departamento, o sanitarista Adaly Fortunato, o sucesso do combate ao mosquito é também a soma do trabalho conjunto com a população.
"Temos agentes atuando em diversos bairros, principalmente onde identificamos altos índices de infestação. Esse é o reflexo de um trabalho sério e constante, e realizado totalmente em conjunto com a população. Mais importante do que lançar inseticida, é a população eliminar criadouros de mosquito", afirmou.
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