Cidades
Saiba onde ficou mais barato morar em Niterói
Treze bairros de Niterói fecharam o ano de 2020 com índices positivos de valorização no metro quadrado para venda de apartamento, de acordo com o Sindicato da Habitação (Secovi) Rio. As regiões estão distribuídas do Centro à Região Oceânica.
Com saldo positivo de 12%, a nobre Camboinhas figurou o primeiro lugar. O valor do m² de venda de apartamento naquela região saltou de R$ 6.999 para R$ 7.835 no comparativo de dezembro de 2020, com o mesmo período de 2019.
Em seguida, aparece Maria Paula (8,2%) - bairro limítrofe com São Gonçalo. De acordo com o Centro e Pesquisa e Análise da Informação do Secovi Rio, a tabela de preços elevou, em média, de R$ 4.302 para R$ 4.655 entre dezembro/20 e dezembro/19.
Itaipu (4,8%) e Itacoatiara (4,5%), na Região Oceânica de Niterói, também não ficaram para trás no quesito salgamento de preços. Houve salto de R$ 5.712 para R$ 5.986 e R$ 6.167 para R$ 6.445, respectivamente - disse o Secovi Rio.
No Maceió (2,1%) apesar de tímida, houve alta de preços do m² de apartamentos de R$ 4.537 para R$ 4.632. Os bairros do Centro (1,8%), Pendotiba (1,1%) e Fátima (1,0%) também ficaram no páreo.
Estável
As áreas de Charitas (0,7%), Icaraí (0,6%), Largo do Barradas (0,6%) e Fonseca (0,2%) quase não sofreram alterações no período analisado, mas ainda assim tiveram aumento de centavos.
O delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ) em Niterói, Amarilio Flaeschen Junior, comenta que é possível considerar que dezembro manteve o bom rendimento do mercado imobiliário em Niterói.
"O ano de 2020 foi muito positivo para o setor de imóveis na cidade. Com a pandemia, diante das incertezas, era esperado um cenário crítico para o setor, mas o que vimos a partir de julho foi um grande volume de vendas, tornando o saldo extremamente positivo para o ano de 2020"
Ele disse que para 2021, na cidade de Niterói, a expectativa é positiva para o mercado imobiliário, com projeção de superar o ano de 2020 em termos de vendas.
"Isso se a economia continuar ativa, com o dinheiro circulando. O mercado imobiliário está bastante otimista em relação a este ano que estamos iniciando", continuou.
Quem compartilha do mesmo sentimento é Leonardo Schineider, vice-presidente do Secovi Rio.
"Acredito que seja um sentimento otimista para o mercado para possível recuperação em 2021. Já vinha ocorrendo um cenário desse no segundo semestre de 2020: um aquecimento das coisas. Neste ano, o setor vai continuar tendo lançamentos. A Zona Sul do Rio, por exemplo, vem sendo o carro chefe, porque é uma área mais desejada. Mas também vamos encontrar na Zona Norte, onde existem programas do governo, com condições de financiamentos"
Até 2019, as pessoas que buscavam a compra de imóveis preferiam os apartamentos pela questão da segurança. Atualmente, com a pandemia, a procura está muito maior pelas casas, de acordo com o especialista do Creci-RJ.
"Houve essa modificação do perfil de busca de imóveis e que permanece neste início de ano, inclusive há uma procura por parte de construtoras por terrenos para a construção de lotes, especialmente em Itaipu, Camboinhas e Piratininga", disse o delegado Amarilio Flaeschen Junior.
Mais barato
O bairro que mais desvalorizou entre dezembro de 2020 e a mesma temporada de 2019 foi Boa Viagem (8,5%). Valor do m² nessa região diminuiu de R$ 8.331 para R$ 7.619.
Em seguida vem Piratininga, com queda de 3,5% nos valores. Isso representa que de R$ 7.186 o metro quadrado de apartamento por lá desceu para R$ 6.936, em média.
De acordo com o Secovi Rio, as regiões de São Domingos (2,9%), São Francisco (2,6%), Barreto (2,3%), Vital Brazil (1,7%), Ingá (1,3%) e Gragoatá (0,4%), também viveram essa realidade de desvalorização.
Veja o que ficou mais caro e mais barato na lista abaixo:
Rio
O Secovi Rio fechou um novo levantamento com o total de negociações imobiliárias na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 2016 e 2020. Os dados foram apurados com a Prefeitura do Rio, de acordo com as guias de ITBI pagas.
Segundo o levantamento, as transações residenciais foram positivas em 2020, mesmo com o cenário de pandemia e as incertezas causadas pelas medidas restritivas de combate ao coronavírus.
Houve uma pequena queda no número de vendas nos meses de março e abril de 2020, mas o mercado imobiliário conseguiu se reerguer, fechando o ano com o total de 33.276 negociações e superando os resultados de 2016 (30.661 negociações), 2018 (30.560 negociações) e 2019 (31.676 negociações).
Já para as transações envolvendo imóveis comerciais, o cenário não foi tão positivo e os números registrados em 2020 foram os mais baixos dos últimos quatro anos.
O relatório mostra que foram 5.252 negociações concluídas em 2020, contra 6.181 fechadas no ano de 2019. O total registrado em 2016, por exemplo, chegou a 10.170. A expectativa do mercado e de especialistas do setor é que, com a chegada da vacina contra a Covid-19 nos próximos meses, o interesse por negociações não residenciais volte a dar sinais de recuperação.
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