Buscas
Major do Corpo de Bombeiros revela causa de colapso em casa no Rio
Desmoronamento deixou ferido e uma pessoa desaparecida
O major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, esteve na manhã desta segunda-feira (16), na comunidade do Juca, em Cascadura, Zona Norte da cidade, onde uma casa de três andares desabou durante a madrugada.
Segundo o major Contreiras, o desabamento dos andares foi causado por um deslocamento diagonal da edificação, o que resultou no colapso dos andares. O imóvel tinha três andares, mas estava sendo construído o 4° andar.
"O deslocamento diagonal da edificação, cerca de 30 graus, foi o que resultou no colapso dos andares que caíram uns sobre os outros", explicou ele.
Procurada pelo ENFOCO, a Defesa Civil informou que "a construção foi realizada sem acompanhamento técnico necessário e não há pedido de vistoria ou reclamação no endereço".
Ainda de acordo com a Defesa Civil, "imóveis vizinhos foram vistoriados, porém, três deles interditados totalmente e seis tiveram interdições parciais, e que equipes foram acionadas para tomar providências em relação às construções em risco".
O incidente deixou moradores e voluntários em estado de alerta, enquanto as equipes de resgate seguem trabalhando ininterruptamente em busca de sobreviventes.
Apesar da gravidade do cenário, Contreiras ainda acredita na possibilidade de encontrar vítimas com vida, uma vez que o fenômeno pode ter criado bolsões de ar entre os escombros.
"Em situações como essa, é possível que algumas pessoas tenham sobrevivido devido à formação de grandes bolsões de ar entre os escombros, mantendo os sinais vitais isolados", detalhou o major.
A operação de resgate, no entanto, tem sido delicada devido à instabilidade do solo e da própria estrutura.
"O solo ainda está instável, por isso reforçamos a segurança, pois pode ocorrer qualquer movimentação da própria estrutura da edificação", alertou Contreiras.
Um militar foi destacado exclusivamente para monitorar qualquer movimentação do concreto, e qualquer sinal de deslocamento aciona a evacuação imediata dos socorristas.
As equipes de resgate estão utilizando cães farejadores e equipamentos de escavação, trabalhando de forma intensa e cuidadosa.
O caso mais comovente até o momento é o de Creusa José Correia, de 77 anos, que segue desaparecida sob os escombros. Seu filho, juntamente com outros voluntários, tem ajudado nas buscas para encontrar a mãe.
Luis Carlos da Silva, de 79 anos, que estava no terceiro andar da casa no momento do desabamento, foi resgatado com vida e levado para o Hospital Salgado Filho.
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