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    Rio lança campanha de combate ao mosquito da dengue

    Publicado 19/02/2019 às 10:44 | Autor: Plantão Enfoco
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    Vistoria e limpeza de caixas d'água estão entre as medidas sugeridas para evitar proliferação (Foto: Divulgação/Agência Brasil)

    O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, representa um risco à saúde pública e, por isso, é o alvo da campanha Atitude contra o Mosquito, lançada pela Secretaria de Estado de Saúde. A ação busca alertar a população sobre os riscos das doenças e dar dicas de como eliminar os focos do vetor.

    Em 2018, foram registrados 39.082 casos de chikungunya, com 18 óbitos. Para a dengue, foram 14.763 notificações, com dois óbitos. Já a zika teve 2.339 casos, sem registro de morte. Em 2019, houve 3.289 casos de chikungunya, 1.304 de dengue e 73 registros de zika.

    A mensagem da nova campanha é mostrar com exemplos práticos como o combate ao mosquito Aedes aegypti pode ser feito na rotina de cada um e, para ser efetivo, precisa da atitude de todos. Nas redes sociais, a mobilização será pela hashtag #atitudecontraomosquito.

    Para o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, as ações do governo são importantes como resposta imediata contra a dengue, zika e chikungunya, mas também para que a população se sinta motivada a fazer a sua parte.

    "Assumimos o governo tendo como uma das metas imediatas na área da saúde a diminuição do número de casos dessas doenças. Já iniciamos um choque integrado com outros órgãos para que essa estação registre menos casos. No entanto, para que dê certo, contamos com a ajuda da população, parte fundamental nesse combate, já que 80% dos focos do mosquito são detectados em imóveis residenciais", explicou.

    Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde, acredita que ações simples e rotineiras da população são suficientes para o controle.

    "Parece pouco, mas dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa olhe todos os possíveis focos do mosquito na sua residência. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção, é possível evitar a proliferação do Aedes aegypti", afirmou.

    Outras iniciativas

    A campanha Atitude contra o Mosquito faz parte das metas estabelecidas no Plano de Governo do Estado para os primeiros cem dias da nova gestão, sendo uma das ações imediatas para conter o aumento no número de casos de dengue, zika e chikungunya.

    Desde o início de janeiro, a secretaria já capacitou cerca de 1.300 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos de arbovirose. A ação continua em fevereiro, atingindo outros profissionais.

    Técnicos da secretaria também estiveram em 36 municípios que apresentam maiores índices de focos do Aedes aegypti para avaliar, junto às secretarias municipais de Saúde, os planos de contingência mais adequados para cada área. A pasta ainda disponibiliza larvicida e adulticida e ampliou o público-alvo para entrega de repelente em Unidades Básicas de Saúde (UBS). A previsão é de que outras ações integradas sejam articuladas para ampliar a contenção dos focos do mosquito, assim como campanhas específicas para mobilizar a população.

    O Aedes

    O Aedes aegypti é doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante o uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros, roupas compridas, além de uso de repelente nas partes expostas do corpo, aumentado a área de proteção.

    Sintomas e diagnóstico

    A dengue apresenta febre alta e de início súbito e dores no corpo. A zika tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), que causam uma doença chamada febre da zika vírus, associada à febre baixa e dores pelo corpo. Já a chikungunya apresenta sintomas como febre alta e fortes dores nas articulações. O diagnóstico das doenças, na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sinais e sintomas relatados e observados por profissionais de saúde que indicam o tratamento adequado para cada caso.

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