Saúde
Rio entra em alerta com suspeita de hepatite grave em crianças
Um bebê de oito meses morreu em Maricá
O Rio de Janeiro possui seis casos suspeitos de hepatite aguda grave em crianças sendo investigados, conforme divulgou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta sexta-feira (6). Na cidade do Rio, há três casos: uma criança de quatro anos, uma de oito e um bebê de dois meses; em Niterói, há um caso suspeito sobre uma de três anos; e em Araruama, um sobre uma criança de dois anos.
Um bebê de oito meses, morador de Maricá, morreu com a suspeita da hepatite grave aguda. O caso continua sob investigação da SES. A secretaria, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), emitiu um alerta aos 92 municípios do Estado sobre o registro de casos de hepatite aguda grave de causa desconhecida em crianças menores de 16 anos.
Segundo a SES, o objetivo é orientar as secretarias municipais sobre a notificação correta dos casos para que possam ser monitorados. A medida está sendo realizada após a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta mundial sobre casos de hepatite aguda grave registrados no Reino Unido em que o agente causador era desconhecido.
No último dia 24, o Ministério da Saúde encaminhou aos estados um comunicado de risco alertando os serviços de saúde para ficarem atentos a casos de hepatite aguda grave em que o paciente apresenta transaminases (enzimas intracelulares) acentuadamente elevadas, às vezes precedida por sintomas gastrointestinais.
"Estamos acompanhando a evolução da doença no mundo e monitorando junto às vigilâncias municipais os registros de casos suspeitos no estado. O alerta é justamente para que esses pacientes possam ser acompanhados e monitorados de forma correta. É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas das crianças. Se houver qualquer suspeita, elas devem ser imediatamente levadas a um serviço de saúde para que possam ser diagnosticadas e tratadas", disse o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ter diversas causas, sendo as mais comuns as infecções pelos vírus tipo A, B e C, além do consumo abusivo de álcool ou outras substâncias tóxicas como medicamentos e drogas. A doença causa sintomas como febre, mal estar, dor no corpo, diarreia, vômito, dor abdominal e coloração amarelada nos olhos.
Segundo o Ministério da Saúde, casos no Paraná também estão sendo investigados. A OMS ainda informou que 230 casos já foram registrados em países ao redor do mundo.
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