Cidades
Retorno de aulas presenciais na rede estadual do Rio tem poucos alunos
Apesar do retorno das aulas presenciais da rede estadual de ensino terem sido autorizadas nesta segunda (26), os colégios têm baixa procura e poucos alunos procuraram as unidades, segundo os profissionais de educação.
No Colégio Estadual Infante Dom Henrique, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, a adesão foi baixa, mas de acordo com a diretora adjunta, Heloísa Rodrigues, este é um movimento natural.
"Muitos alunos estão temerosos de voltar, outros acabam se confundindo por ser o fim de julho. Então, essa baixa procura deve se estender por toda primeira semana", destacou.
A diretora reforçou que apesar do retorno, a escola tem seguido à risca todas as orientações da secretaria estadual de educação.
"A gente entende que os pais de alunos que não queiram enviar os filhos até mesmo por conta da nova Cepa. Contudo, antes mesmo da pandemia, já possuíamos um trabalho de comunicação com eles [pais], através de grupos de aplicativos de mensagens. Então, nós mantemos isso e por lá, demos todas as informações sobre as atividades remotas na plataforma", destacou dizendo ainda que os alunos neste primeiro momento terão a carga horária reduzida de seis para quatro tempos.
Moradora de Copacabana, a dona de casa Nadir Gonçalves foi buscar a filha de 16 anos, que cursa o 1° ano do ensino médio no Colégio Estadual Infante Dom Henrique.
"Um alívio saber que ela voltou para a sala de aula. Estamos confiantes que esse momento vai passar e aos poucos teremos a nossa normalidade de volta. Foram tempos difíceis com o estudo em casa, mas no fim deu tudo certo", comemorou.
A estudante Sofia Dinis contou que foi só felicidade ao entrar na sala de aula.
"Estava com muita saudade de tudo. Dos amigos, da escola. Foi ótimo estar de volta", afirmou.
A equipe do Plantão Enfoco percorreu mais duas escolas. No Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, no Centro do Rio, até às 10h da manhã não havia movimentação de alunos. Na Escola Estadual Antônio Prado Junior, na Tijuca, a adesão também foi baixa.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a abertura das escolas está condicionada a bandeira da área de risco para a Covid-19 e com a condição que seja permitida apenas 50% da capacidade de alunos.
Sendo assim, nas bandeiras de risco laranja, amarela e verde, as escolas estaduais poderão desenvolver atividades pedagógicas com os estudantes que tenham interesse em frequentar aulas presenciais, mediante a capacidade física da unidade, em sistema de rodízio, respeitando as normas de distanciamento.
Segundo a pasta, em caso de bandeiras vermelha e roxa, as unidades escolares da rede pública estadual funcionarão apenas para atividades administrativas, como a retirada de material pedagógico e do kit alimentação, além de entrega de documentos e matrícula de alunos. As aulas, nesses casos, acontecerão somente de forma remota.
Escolas particulares
As unidades de ensino da rede privada devem funcionar a partir das normas de cada município, que devem acompanhar e fiscalizar o cumprimento dos protocolos sanitários.
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