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    Feminicídio

    Família de mulher morta luta por justiça um ano após o crime

    O acusado era marido da vítima. Caso ocorreu na Região dos Lagos

    Publicado 06/05/2024 às 20:51 | Autor: Agnes Aguiar
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    Wania foi baleada após uma discussão com o marido, o militar Alexandre Neves
    Wania foi baleada após uma discussão com o marido, o militar Alexandre Neves |  Foto: Reprodução

    Quase um ano após o assassinato da professora Wania Lúcia Firmiano da Silva, de 47 anos, baleada no dia 24 de junho do ano passado pelo marido, o militar Alexandre Neves da Invenção, de 49, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, a família da vítima luta por justiça. Wania morreu três semanas após o crime no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama. O acusado está preso. 

    “O caso ainda está na fase de instrução e julgamento, e nesta terça (7), haverá uma nova audiência do caso. A defesa do réu vem insistindo na liberdade, o que gera grande preocupação na nossa família. O filho mais novo de Wania ainda tem muito medo de que o acusado do crime saia da cadeia e o mate, uma vez que meu sobrinho estava presente no local do crime. Ele continua com muitos traumas após ter visto a mãe ser assassinada”, explicou Willer Firmiano, irmão de Wania. 

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    O irmão da vítima deseja que o acusado seja mantido preso e vá a júri popular.  

    “Ele precisa pagar pelo crime que cometeu e pela dor que causou à nossa família. Além de um sorriso lindo que ela tinha, a alegria dela contagiava toda a família. Cuidava dos pais, cuidava do filho, era uma mulher independente”, afirmou Willer.

    No dia do crime, Alexandre foi preso em flagrante por agentes do 25° BPM (Cabo Frio). Um policial militar de folga, que morava perto do casal, ouviu os disparos e foi até a janela, quando encontrou Alexandre com a arma em punho. Quando entrou no local, o PM encontrou Wania ferida.

    Depois de negociações, o acusado entregou suas três armas à polícia e foi detido com auxílio de moradores próximos até a chegada de uma viatura policial. Ele foi conduzido à 126ª DP (Cabo Frio), onde o caso foi registrado e posteriormente entregue à Marinha.

    Na época, a Marinha emitiu uma nota sobre o caso. "A Marinha do Brasil lamenta o ocorrido e reitera o repúdio a quaisquer atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os valores militares".

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