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    Explosões no mar de Cabo Frio: Marinha descarta falha humana

    Audiência foi realizada para discutir acidentes em lanchas

    Publicado 21/06/2024 às 13:55 | Autor: Sofia Miranda
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    Audiência pública aconteceu nesta sexta-feira (21)
    Audiência pública aconteceu nesta sexta-feira (21) |  Foto: Reprodução

    Representante da Delegacia da Capitania dos Portos (DelCFrio), o capitão-tenente Queiroz afirmou que os últimos três casos de acidentes de lanchas em Cabo Frio, na Região dos Lagos, foram causados por falhas de procedimento.

    A informação foi dita durante uma audiência pública realizada pela Câmara Municipal da cidade, na manhã desta sexta-feira (21).

    A audiência foi consultada a pedido da vereadora Alexandra Codeço (Republicanos), após a incidência de explosões de embarcações marítimas na região da Ilha do Japonês.

    Desde abril, cerca de três famílias já foram atingidas e sofreram queimaduras após os acidentes.

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    “Precisamos entender onde está ocorrendo a falha que está colocando em risco a vida das pessoas. Como representante do legislativo, eu sou a favor do turismo, tão importante para geração de emprego e renda, mas ele deve ser ordenado, seguro e bem estruturado”, cobrou a vereadora Alexandra Codeço, sobre o objetivo da audiência. 

    À convite da vereadora, o capitão-tenente Queiroz, da DelCFrio, responsável pela perícia das três últimas embarcações que explodiram, explicou que os acidentes foram causados por falhas de operação, motivadas por um conjunto de fatores que antecedem a vistoria das embarcações, antes da partida.

    "Na perícia dos três casos, eu já posso assegurar os senhores que os fatores operacionais foram determinantes para o acidente, ou seja, não foi falta de material, não foi falha humana, foi falha de procedimento operacional", afirmou Queiroz.

    Inteligência marítima

    Conforme o capitão, as falhas que aconteceram nos últimos três casos dependem de uma questão de inteligência marítima. Segundo ele, a maior parte dos proprietários de lancha de Cabo Frio, não residem no município.

    Em períodos de baixa temporada, ainda conforme Queiroz, os donos delegam o gerenciamento das embarcações para ''marinheiros de confiança''.

    Através da possibilidade dos serviços, os marinheiros costumam ser os responsáveis pelo serviços turísticos de passeios marítimos. O fator facilita a informalidade, e, portanto, começam as falhas de operação, enfatiza o capitão-tenente Queiroz.

    "A pessoa que comercializou o passeio e que atrasou a sua chegada, que deveria estar no píer às 10h, chegando 10h45/ 11h, teve tempo o suficiente e realizou com a dedicação que se deve ter, os 15 ítens de checklist antes do embarque? Antes de navegar?", questionou.

    Ele chamou atenção para a facilidade de combustão em embarcações que não foram inspecionadas previamente e da maneira correta. Queiroz apontou que os acidentes costumam acontecer na etapa dos planejamentos.

    Abordagens

    "Essa questão da falta de preparação, essa preocupação de se antecipar aos fatos, é o que tem gerado os acidentes", afirmou. Ele também expôs que somente neste verão, foram realizadas 5.154 abordagens de embarcações marítimas. 

    O capitão também apontou a falta de parceria das marinas com os serviços de fiscalização desempenhados pela Delegacia da Capitania dos Portos e pela Marinha do Brasil.

    Também participaram representantes da Marinha do Brasil; Corpo de Bombeiros; Ministério Público; secretarias de Saúde; Ordem Pública; Turismo, Esporte e Lazer; Meio Ambiente; Guarda Marítima e Ambiental; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Associação Luta pelo Comércio; Associação de Turismo Náutico; Cabo Frio Convention & Visitors Bureau; Associação das Mulheres de Negócio; sociedade civil e imprensa. 

    A audiência completa pode ser acessada através deste link. 

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