Cidades
Recuperação de vagas no mercado de petróleo e gás fluminense
A pandemia da Covid-19 ainda não acabou, mas diversos segmentos do mercado de petróleo e gás já sentem sinais de melhoria da atividade. Para registrar a tendência de crescimento de vagas começa a ser renovada, a Firjan produziu em julho de 2021 o levantamento “Oportunidades no mercado de petróleo, gás e naval no estado do Rio de Janeiro”, uma análise com o número de oportunidades criadas no mercado fluminense de óleo e gás. Foram coletados dados desde fevereiro de 2020, com comparativo destacado entre o período mais recente: o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2021.
Conforme a análise das informações, o primeiro trimestre do ano registrou um crescimento de 100% no número de vagas em relação ao último trimestre de 2020. Somando os dois trimestres, o volume de vagas é maior que o período de fevereiro a junho de 2020. Enquanto no quarto trimestre de 2020 foram abertas 215 oportunidades de emprego; de janeiro a março deste ano, a Firjan detectou a abertura de 474 vagas no mercado de petróleo e gás fluminense.
Para elaborar a observação, a federação usou como fonte as informações de vagas nos sites das empresas do mercado situadas no estado do Rio, além dos sites de busca de oportunidades, como por exemplo, o LinkedIn. Conforme os dados registrados nas empresas, em fevereiro de 2020, início da pandemia no país, havia 375 vagas. No mês de junho do mesmo ano foram apenas 5 oportunidades mapeadas, confirmando o impacto da crise sanitária no país.
“A recuperação a partir do segundo semestre de 2020, mesmo que parcial, está atrelada principalmente a conjuntura internacional do aumento do preço do barril de petróleo e a expectativa de retomada econômica mundial, com o avanço das campanhas de vacinação no combate à pandemia da Covid-19”, destaca Fernando Ruschel Montera, coordenador de Relacionamento de Petróleo, Gás e Naval da federação.
Os avanços regulatórios alcançados no cenário nacional também começam a refletir na tendência de surgimento de novas vagas. Conforme a nota técnica, também é possível observar que, com a aceleração no ritmo de divulgações de vagas, a maioria exige um elevado grau de qualificação.
Níveis de ensino e ocupações
O levantamento registrou também que 56% das vagas formais no primeiro trimestre de 2021 foram destinadas ao nível superior completo. Para trabalhadores com curso superior em andamento foram 15% das oportunidades. Nível técnico registrou 14% e Ensino Médio, 8% das vagas. Entre as ocupações de nível superior destacam-se analistas, engenheiros e estagiários universitários.
A observação destaca, ainda, o aumento na participação do Ensino Médio no total de vagas ofertadas no comparativo entre primeiro trimestre de 2021 e o último trimestre de 2020. Cargos como operador, assistente, auxiliar, jovem aprendiz, inspetor, projetista, entre outros, normalmente exigem somente o Ensino Médio como formação.
Mesmo com uma grande preferência por profissionais com formação completa com nível superior e técnico, o documento “Oportunidades no mercado de petróleo, gás e naval no estado do Rio de Janeiro” confirma que há oportunidades para estudantes (estagiários) tanto para curso superior quanto para profissionalizante. O mapeamento reforça a capacidade de atendimento pela Firjan SENAI para formação desses profissionais. São cursos técnicos em Mecânica, Automação Industrial, Mecatrônica, Eletrotécnica, Segurança do Trabalho e Eletromecânica.
“A Firjan SENAI tem investido na matriz tecnológica de cursos e na inovação para a formação profissional, com novas competências”, reforça Carlos Magno, gerente geral de Relacionamento Negócios na Firjan SENAI. São 2.500 vagas de cursos técnicos no SENAI para o segundo semestre deste ano, com a reabertura de aulas presenciais.
Ao comentar sobre o perfil exigido pelo mercado, Myriam Marques, gerente geral de Gestão de Pessoas e Cultura Organizacional na Firjan SENAI, enumerou algumas habilidades importantes: pensamento analítico e de inovação, resolução de problemas complexos e pensamento crítico. “O jovem que faz o curso técnico tem o diferencial competitivo porque exercita todas as suas habilidades”, pontua.
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