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    Decisão

    Profissionais da educação de São Gonçalo entram em greve

    Categoria reivindica reajuste salarial

    Publicado 05/09/2022 às 17:25 | Autor: Manuela Carvalho
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    Prefeitura informou que a possibilidade de concessão está sendo analisada
    Prefeitura informou que a possibilidade de concessão está sendo analisada |  Foto: Divulgação/São Gonçalo

    Os profissionais da educação municipal de São Gonçalo entraram em greve nesta segunda-feira (5) para reivindicar um reajuste salarial. 

    Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação de São Gonçalo (Sepe) informaram que não existe previsão de retomada das atividades até que haja uma negociação e que as demandas solicitadas sejam atendidas.

    A classe reivindica a revogação imediata do novo plano de cargos que cortou benefícios da categoria e a convocação de todos os aprovados no último concurso. Além disso, eles pedem que aconteçam eleições para o cargo de direção das escolas e o cumprimento do piso salarial nacional.

    Segundo a prefeitura do município, a classe reivindica uma adequação do piso salarial no qual foi concedida neste ano pelo governo federal, em forma de decreto, elevando o piso nacional da categoria. O órgão acrescentou que a possibilidade de concessão está sendo analisada pela administração municipal.

    Comunicado da Direção Colegiada SEPE

    ''O Prefeito Nelson Ruas acabou com o plano de carreira da categoria em dezembro de 2021, retirando direitos, como o triênio e a progressão por formação para todos. Além de atacar os direitos conquistados em 2002, retirando o plano de carreira da categoria, o Prefeito Nelson Ruas não paga o piso nacional do magistério (lei 11.738\08) e o piso dos funcionários é menor que o salário mínimo nacional. Não cumpre o Termo de ajuste de Conduta, firmado entre a prefeitura e o MP em 2018, após greve de 90 dias, que previa o acerto dos pisos até dezembro de 2021.

    Após 8 meses de negociações com o Secretário de Educação Maurício Nascimento, os profissionais da educação decretaram a greve. As negociações em torno do pagamento do piso do magistério (Lei 11.738) e do piso dos funcionários não avançaram. 

    Além do piso salarial, as condições de trabalho são péssimas. Escolas sem manutenção, sem climatização, sem material escolar e merenda de qualidade duvidosa. 

    Mais de 2 mil crianças só começaram o ano letivo em setembro por falta de professores, mesmo tendo concursados aprovados no banco de reserva. A Prefeitura resolveu fazer contrato, desrespeitando o concurso. 

    O Prefeito anunciou nas mídias sociais a entrada de mais de 200 milhões de reais dos royaltes nos cofres da cidade. O total da nova verba ficará em torno de um bilhão de reais. Se antes já havia dinheiro do FUNDEB para pagar o piso, pelas palavras do próprio Secretário de Educação, agora não resta dúvida que só não pagam por que não querem.

    Em meio à crise instalada na educação municipal, o Secretário Maurício Nascimento tirou férias, em um claro gesto de desrespeito aos profissionais da educação.

    Dia 12 de setembro haverá uma nova passeata até a prefeitura e uma assembleia às 14h para decidir os rumos da greve. Esperamos que até lá a Prefeitura receba os profissionais da educação apresentando um calendário para o cumprimento da lei dos pisos e do TAC''.

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