Greve
Profissionais da Educação ameaçam greve em São Gonçalo
Protesto foi realizado contra plano de cargos e salários
Profissionais das escolas municipais de São Gonçalo fizeram um protesto no início da tarde desta quinta-feira (17) em frente à prefeitura para reivindicar direitos que teriam sido cortados após a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários, aprovado em dezembro do ano passado, com direito a confusão na Câmara Municipal.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) pede a revogação do plano aprovado ano passado, com o consequente retorno do plano unificado que vigorou por 20 anos e que foi conquistado na greve da categoria, em 2002.
Os manifestantes, incluindo professores, funcionários e diversas comunidades escolares, também se encontraram na porta da sede do poder executivo municipal para pedir a chamada de todos os profissionais concursados aprovados no último concurso, realizado em 2021.
Também estavam entre as reinvindicações o pagamento do abono para os funcionários, eleição para diretores de escolas, reformas das unidades e o pagamento do piso nacional. Segundo o Sepe, os profissionais da educação municipal estão em estado de greve desde o início do ano letivo, que aconteceu no dia 7 de fevereiro. Esse estado significa que os trabalhadores podem entrar em greve a qualquer momento.
O Sepe ainda informou que os profissionais fizeram uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (17) como forma de protesto. De acordo com o sindicato, o ensino híbrido adotado pela prefeitura está servindo para mascarar a falta de pessoal nas escolas.
Manifestação
O protesto contou com a presença dos vereadores Professor Josemar (PSOL) e Romário Régis (PC do B) também estiveram presentes na manifestação. O primeiro ainda ressaltou que a guarda municipal teria sido orientada para impedir o protesto.
"Temos que denunciar o que está de errado na educação. Estamos encontrando os mesmos erros do passado, mas de forma mais ampla", contou Maria do Nascimento, diretora do Sepe São Gonçalo.
A diretora também informou que nenhum representante da prefeitura recebeu os manifestantes.
Procurada, a administração de Capitão Nelson (PL) informou que o plano, aprovado em dezembro do ano passado, garante a equiparação salarial de toda a categoria ao piso nacional, com acréscimo de 15,27%, totalizando 40,76% de reajuste para os servidores que recebiam abaixo do piso. A prefeitura reiterou que não houve, em hipótese alguma, redução salarial.
Ainda de acordo com o Executivo, o novo plano atende a orientações do Ministério da Educação e corrige uma série de distorções, prestigiando o profissional que faz dupla regência, que passa a ser utilizada como base de cálculo para fins de aposentadoria, o que não acontecia antes.
A prefeitura também garantiu que as unidades escolares do município já estão sendo reformadas desde 2021. O programa contempla todas as unidades de ensino com previsão de conclusão até o final de 2023. Sobre o chamamento dos aprovados, a prefeitura ressaltou que os aprovados já estão sendo convocados desde o início do ano.
De acordo com o Executivo, mais de 500 profissionais foram chamados. Alguns já estariam em salas de aula e outros finalizando o processo de entrega de documentos para assinatura do termo de posse e início imediato das atividades.
Em relação à guarda municipal, citada por Professor Josemar, a prefeitura comunicou que houve um acompanhamento da manifestação em frente à prefeitura. Os guardas estariam garantindo a segurança tanto dos manifestantes quanto dos pedestres, além de garantir fluidez no trânsito no centro da cidade.
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