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    Por que baleias estão morrendo em Maricá?

    Publicado 24/06/2021 às 16:45 | Autor: Lislane Rottas
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    Outra baleia foi encontrada, dessa vez na Praia de Ponta Negra. Foto via Grupo Plantão Enfoco

    Cansaço na travessia em busca de águas mais quentes. Esse pode ser um dos motivos para explicar a ocorrência das mortes de baleias nas águas de Maricá. Pela segunda vez em menos de uma semana, a carcaça de uma espécie jubarte aparaceu na orla, dessa vez na praia de Ponta Negra, na manhã desta quinta-feira (24). O primeiro corpo foi encontrado nesta quarta-feira (23), em Itaipuaçu.

    Biólogo, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Leão, explica que nessa época ocorre a migração da região subantártica em busca de alimento, em águas mais quentes.

    "Na costa brasileira, as águas são relativamente quentes e calmas, propensas para a cópula, o parto e boa parte da amamentação dos filhotes. Com o aumento da população, que está ocorrendo a cerca de 7% ao ano, é natural ver esses animais vivos ou mortos. Muitas não conseguem completar a travessia: por exaustão ou acidentes com embarcações e equipamentos de pesca, e acabam encalhando nas praias"

    Ainda segundo o especialista, apesar das mortes, a população de baleias no Atlântico Sul Ocidental já conta com aproximadamente 25 mil animais.

    "Já é praticamente equivalente à população que havia antes da caça, proibida na década de 1980",destacou.

    Ainda no início da tarde desta quinta (24), equipes do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Maqua/UERJ) estiveram em Ponta Negra para fazer a necropsia no animal com objetivo de determinar a causa da morte.

    Suellem Santiago, coordenadora de trecho do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) do Rio de Janeiro afirma que devido ao estado avançado de decomposição ainda não foi possível determinar a causa da morte.

    Segundo a prefeitura de Maricá, a autarquia de Serviços de Obras de Maricá e a Secretaria de Cidade Sustentável, irá fazer a retirada da carcaça com o auxílio de uma retroescavadeira e depois dar a destinação correta aos restos mortais.

    Assim como ocorreu nesta quarta (24), na Praia de Itaipuaçu, frequentadores do praia acompanharam o trabalho das equipes.

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