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    Festa do Tomate

    Participação de pastor Felippe Valadão em evento é cancelada no Rio

    Apresentação ia acontecer em Paty dos Alferes

    Publicado 09/06/2022 às 19:20 | Atualizado em 09/06/2022 às 19:33 | Autor: Rômulo Cunha
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    Valadão foi denunciado após falas em apresentação de Itaboraí.
    Valadão foi denunciado após falas em apresentação de Itaboraí. |  Foto: Divulgação Ascom Itaboraí

    O Festival Festa do Tomate, realizado entre esta sexta-feira (10) e o próximo dia 19 na cidade de Paty dos Alferes no interior do Rio, anunciou que cancelou a apresentação do pastor Felippe Valadão.

    Segundo a organização do evento, a decisão de cancelamento foi tomada em conjunto com o pastor e a prefeitura da cidade. No entanto, o fato acontece um dia após a decisão do deputado estadual Átila Nunes (PSD) de denunciar Valadão ao Ministério Público do Rio (MPRJ).

    Leia+: Pastor Felippe Valadão ataca religiões africanas em Itaboraí

    O deputado é relator da CPI da Intolerância Religiosa da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Nunes questionou as falas do pastor durante evento em Itaboraí, o qual Valadão foi denunciado por incitar o ódio contra religiões de matriz-africana em aniversário da cidade.

    "Avisa aí que o tempo desses endemoniados de Itaboraí da bagunça espiritual acabou. A igreja está na rua! A igreja está de pé! Pode matar galinha, pode fazer farofa, pode fazer o que você quiser. E ainda digo mais: prepara para ver muito Centro de Umbanda fechado na cidade", disse Valadão na época. 

    Aspas da citação
    Deus vai começar a salvar esses pais de santo da cidade.
    Felippe Valadão Pastor
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    Crime

    A Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Assembleia Legislativa do Rio (AlerJ) entrou com um ofício no Ministério Público e na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decrad) sobre o caso.

    Ao ENFOCO, o deputado estadual Carlos Minc (PSB), presidente da comissão, reclamou do discurso do pastor e considerou o ato como um crime de intolerância religiosa.

    "Oficiamos o Ministério Público e o Decrad. Aquela pedra que fere e aquele fogo que incendeia um Centro de Umbanda tem por trás disso uma pregação. As palavras matam porque elas impulsionam a pedra e o fogo. É um absurdo e uma tristeza. Um crime de intolerância muito grave", disse.

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