Problemas
Pacientes reclamam de atendimento no Heal, em Niterói
Segundo relatos, são horas de aguardo para receber atendimento
O Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, em Niterói, vem sendo alvo de fortes críticas por parte dos usuários. Segundo relatos, a unidade de saúde não preza pelo bem-estar dos pacientes, que aguardam horas de filas e ainda precisam lidar com mau atendimento.
São inúmeras as reclamações, que variam em cada caso. Charlene Simas, professora de Educação Física e técnica de enfermagem, relatou que o filho de 15 anos sofreu um acidente em abril e foi levado pelos bombeiros para o Heal.
"Quando eu fui comunicada, fui ao hospital. Chegando lá, fui comunicada que não poderia ficar com meu filho lá dentro porque ele estava no setor de trauma. Argumentei que meu filho é menor, mas eles não aceitaram", disse.
A mãe contou ainda que os pontos que o adolescente levou em umas pernas por causa do atropelamento chegou a infeccionar e, além disso, o filho relatou a ela que, na sala de atendimento, a conduta do médico foi um tanto agressiva.
"Ele tinha umas queimaduras de asfalto pelo corpo, e o médico botava o dedo e perguntava se estava doendo. Ele ficou sozinho esse tempo todo. Eu perguntei quais eram os procedimentos, e o médico disse que o que poderia acontecer era a perna infeccionar e os pontos arrebentarem. Foi isso que ele falou. Estamos com uma saúde precária. Muitos morrem e perdem a perna por conta da negligência deste hospital", completou Charlene indignada.
Outro relato publicado nas redes sociais chamou a atenção de diversos internautas e despertou mais reclamações sobre a unidade. Um rapaz contou que foi acompanhar a esposa no hospital para realizar um doppler, e eles esperaram mais de 7h na fila.
"Tinham muitas mães na fila para realizar a mesma ultra que a nossa. Mães com 37/38 semanas de gravidez, prestes a ter o neném. Fizemos a triagem por volta das 11h30 e pediram para que a gente aguardasse, tinham umas oito mães na nossa frente. [Depois de muita espera] não tinha como fazer o exame de ultrassom porque não tinha médico pra realizá-lo", escreveu.
A situação ficou ainda pior quando ele cita que uma mãe chegou a perder o filho durante a espera. "Às 16h30, depois de cinco horas de fila, uma das mães sentiu o filho parar de mexer e ficou desesperada. Depois de muito insistir, a menina subiu pra saber o que tinha acontecido e o pior infelizmente aconteceu. Uma mãe de primeira viagem perdeu o filho", relatou o jovem.
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde não retornou sobre os questionamentos da população.
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