Solicitação
Rodoviários de Niterói e região reivindicam a volta dos cobradores
Categoria também solicita um reajuste salarial de 8%
Os rodoviários do Leste Fluminense, que incluem os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá, aprovaram em assembleias realizadas no início deste mês, uma pauta de reivindicações. Entre elas, a reposição de perdas salariais e a volta da função de cobrador de ônibus, o popular trocador.
Além disso, a categoria pede um reajuste salarial de 8%, mais reposição de 5%, relativos a perdas com a inflação dos últimos 12 meses, totalizando 13%. Segundo os rodoviários, a proposta já encaminhada ao Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Caso seja aprovada, irá vigorar de 1º de novembro até a mesma data em 2025.
O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) disse continuará lutando, junto às prefeituras de sua área de atuação, para que sejam inseridas, nos contratos de concessão firmados entre os municípios e as empresas, cláusulas que garantam a volta dos trocadores.
“Acredito que a categoria tenha optado por uma proposta realista, diante da melhoria do quadro econômico brasileiro e, consequentemente, do setor, que está praticamente recuperado, com várias empresas, inclusive, contratando rodoviários. Portanto, esperamos que os empresários tenham sensibilidade, principalmente com as perdas salariais dos rodoviários acumuladas desde a pandemia da covid-19”, afirmou o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
As propostas foram aprovadas por ampla maioria, com 576 votos a favor e 47 contra, em assembleias realizadas em Itaboraí, São Gonçalo e Niterói. Além deste municípios, valem também para Maricá e Tanguá.
Outras reivindicações
Os trabalhadores também reivindicam cesta básica de R$ 600, com desconto de 10% na folha de pagamento; o fim da cobrança de passagens de ônibus com dinheiro; 1% de comissão para os motoristas sobre cada passagem paga; e a manutenção dos benefícios conquistados no Acordo Coletivo do ano passado.
O que diz o sindicato das empresas
Em nota extensa, o Setrerj não esclareceu se vai atender as reivindicações dos rodoviários. A entidade argumenta que as empresas de transportes ainda são afetadas pela crise financeiras com a pandemia da covid-19.
"O sindicato ressalta que sempre reconheceu o dissídio coletivo dos rodoviários e conduziu os acordos de forma a atender às solicitações encaminhadas, buscando melhorias na remuneração e nos benefícios concedidos à categoria. É importante destacar, no entanto, que as negociações deverão levar em conta a saúde financeira das empresas, que estão pressionadas pela crise econômica que atinge o setor de transporte público, agravada pelas perdas acumuladas durante a pandemia de covid-19. Cabe lembrar ainda que as empresas aguardam, por parte do poder concedente, tanto nas esferas municipais como estadual, ações efetivas e urgentes para recuperar os sistemas de transporte, que enfrentam a defasagem da tarifa e o reajuste dos custos de operação acima da inflação", disse o Setrerj.
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