Inclusão social
Novo polo gamer de educação atrai jovens de comunidades em Niterói
Projeto da DiversiGames é totalmente gratuito
Atualmente jogos digitais são uma das formas mais populares de diversão entre os jovens brasileiros. As plataformas on-line são importantes para entender que eles oferecem uma enorme quantidade de diversão, prazer, trabalho em equipe, colaboração e aventura imaginativa entre eles. Pensando em ajudar esses jovens e adolescentes a conseguir um futuro melhor combinando educação, diversão e oportunidades de crescimento, Niterói ganhou um polo gratuito de educação do DiversiGames, no bairro do Caramujo, na Zona Norte da cidade.
O projeto, que foi inaugurado em março deste ano, é uma iniciativa da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria de Governo e o Núcleo Executivo Regional do Caramujo, Maria Paula, Santa Bárbara e Baldeador, com patrocínio da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa e da empresa Enel e apoio do TikTok, Canal Wohoo, Happy e DT3.
As aulas começaram no final de fevereiro e acontecem duas vezes por semana. O polo de Niterói é voltado para participação em aulas de League of Legends, Valorant, FreeFire e desenvolvimento de Jogos, além de aulas de inglês que são obrigatórias. Podem participar adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos.
Em um mundo cada vez mais avançado tecnologicamente, as pessoas têm que estar cada vez mais atualizadas e envolvidas no meio eletrônico. Com isso, o projeto DiversiGames tem como missão a promoção ao acesso à cultura gamer, tecnologia e inovação digital para grupos minorizados com o objetivo de promover a diversidade, inclusão, impacto social, conexão, excelência e inovação.
A aluna Ingrid Silva, de 14 anos, e moradora da comunidade do Caramujo, contou um pouco sobre seu dia a dia no novo projeto. Ela citou também a importância de aprender cada vez mais o mundo da tecnologia.
A tecnologia mudou muito o jeito que eu vejo o mundo, me ensinou muitas coisas importantes pra formar o meu caráter. Assim como o projeto me ajuda, também ajuda muitas outras pessoas. Estou achando muito legal"
Ao ENFOCO, Ingrid relatou também que faz aula no projeto junto com seu pai.
"Na verdade, quem me incentivou foi meu pai. Ele também gosta muito de tecnologia e games. Tem sido muito bom essa troca com ele. É uma experiência única", disse.
Vale destacar que, apesar do projeto ser para jovens de até 29 anos, eles abriram uma exceção para que Ibici Silva, de 49 anos e pai de Ingrid, também participasse para incentivá-la.
No fim de cada curso, os alunos também têm aula de inglês obrigatória, que ajuda no crescimento e nas áreas de programação. Por fim, todos recebem um lanche para reforçar a alimentação, com sanduíches, amendoins e guaraná natural.
O espaço conta com cerca de 10 monitores de computadores avançados, com cadeiras gamers, além de teclados e mouses intuitivos. Toda a estrutura é climatizada e conta com o apoio de professores e monitores.
Segundo Mariana Uchoa, idealizadora do projeto, o curso existe a partir da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
“O projeto usa a cultura gamer como ferramenta de transformação social e como estratégia de inclusão social. A gente ensina o jovem a jogar e a ter uma experiência com os games, dentro de duas trilhas de conhecimento, tanto os games do ponto de vista competitivo, quanto também a programação e o desenvolvimento dos jogos, com aula de inglês para todos os alunos. Ainda estamos com inscrições abertas e com vagas para os jovens virem participar”, contou.
Kevin da Silva, morador do Morro do Estado, contou que já participa do projeto há dois anos e começou como aluno de programação. Atualmente, com apenas 17 anos, ele já se tornou professor do curso e descreveu como é a sensação de ajudar o próximo.
"Eu já estive do outro lado, como aluno. Hoje, com o que eu tenho de conhecimento, é muito gratificante poder estar ajudando essas crianças e adolescentes. Agora nessa nova função, como professor, tem sido um grande desafio para mim. Muito bom saber que posso servir de inspiração para alguns aqui", disse.
Por fim, ele também relatou sobre as dificuldades que os alunos enfrentam na realidade atual.
Eu não tive ajuda nem incentivo de ninguém. Eu aprendi tudo sozinho, mesmo com toda dificuldade. Então, entendo tudo o que eles passam. Tem aluno aqui que nunca mexeu em um computador, e passar todo o meu conhecimento para eles é muito especial para mim"
Rubia Secundino, secretária de Governo, esteve no local e conversou com o ENFOCO sobre a oportunidade que os jovens terão com a ajuda da tecnologia, além do objetivo do projeto.
"Esse projeto, incialmente, seria no Horto do Fonseca, depois pensamos no Barreto, mas no fim decidimos pelo Caramujo, onde há uma comunidade com muitos jovens talentosos. Achamos imortante trazer isso para os alunos esse mundo gamer. Todos aqui fazem um projeto excepcional. Essa é uma grande oportunidade para nossas crianças. Espero que elas possam seguir o exemplo de diversas pessoas que agarraram chances como essa para terem uma vida melhor. Aprendam a falar o inglês e agarrem com vontade essa chance para desfrutarem de um futuro melhor", detalhou Rubia.
Como faz para se inscrever?
Para quem tiver interesse em participar do curso, ainda há vagas disponíveis, no total de 120. Você poderá ter a oportunidade de mergulhar na cultura gamer com participação em aulas de League of Legends, Valorant, FreeFire e desenvolvimento de Jogos, além de aulas de inglês que são obrigatórias.
Para se inscrever, o candidato precisa comparecer presencialmente à unidade munido do RG, CPF e Comprovante de Residência. Em casos de menores, é preciso estar acompanhado do responsável legal. Caso o menor não possua RG, poderá levar a certidão de nascimento. A unidade de Niterói fica na sede do Núcleo Executivo Regional, localizada na Rodovia Amaral Peixoto 570/sala 105, Baldeador.
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