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    Condições precárias

    Estudantes denunciam abandono e perigo no Liceu de Niterói

    Grêmio denuncia negligência por parte do Estado

    Publicado 28/05/2024 às 13:50 | Autor: Tiago Souza
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    A rede elétrica é uma das maiores preocupações
    A rede elétrica é uma das maiores preocupações |  Foto: Karina Cruz

    Estudantes da Escola Estadual Liceu Nilo Peçanha, no Centro de Niterói, realizaram na manhã desta terça-feira (28) um protesto na Avenida Ernani do Amaral Peixoto. A manifestação foi motivada pelas precárias condições estruturais da instituição, conforme as denúncias.

    Aluno do 3º ano, Angel Torres, de 19 anos, foi um dos participantes do ato. Ele destacou que, entre os diversos problemas enfrentados pela escola, a rede elétrica é uma das maiores preocupações.

    “Estamos há seis anos lutando pela climatização da escola, mas este ano descobrimos que o problema é muito maior. Nossa escola é praticamente uma caixa de fósforos, porque precisa de uma reforma extensiva na parte elétrica. Se essa reforma não for feita, as tomadas dos ventiladores podem pegar fogo a qualquer momento. Qualquer eletrônico adicional ligado na escola causa um apagão. O calor é insuportável, a sensação térmica chega a 60°C”, disse Angel.

    Manifestação no Liceu, Niterói - Karina Cruz
    Manifestação no Liceu, Niterói - Karina Cruz |  Foto: Karina Cruz

    O grêmio estudantil da escola acusa o governo estadual de negligência, alegando que vários pedidos de solução foram feitos, inclusive, relacionados ao ressarcimento de verbas retiradas por decisão judicial.

    “Foram retirados da verba da escola cerca de R$ 180 mil devido a uma questão trabalhista de 17 anos atrás”, revelou uma professora que preferiu não se identificar.

    Segundo o grêmio, durante uma reunião com a regional no dia 21 de março deste ano, foi decidido que, se os problemas não fossem resolvidos em 15 dias, os representantes do grêmio retornariam à regional. Eles voltaram, mas até hoje nada foi resolvido.

    “Não há justificativa para essa demora em resolver os problemas da nossa escola. Queremos que isso seja resolvido logo”, afirmou um representante do grêmio.

    Rachaduras

    Os estudantes também expressaram preocupação com a segurança da quadra esportiva, que apresenta muitas rachaduras e está situada sobre uma cisterna.

    “Está cheio de rachaduras lá. O pior é que a quadra fica em cima de uma cisterna. Já pensou se a estrutura desabar? Vai ser uma tragédia”, relatou um aluno.

    Funcionários da escola ressaltaram que os alunos com necessidades especiais são os mais afetados, pois o elevador está quebrado desde 2017, limitando o acesso ao andar superior.

    “O elevador, que está do lado de fora, está quebrado desde 2017. O professor foi limitado a ficar no primeiro andar porque não tem como subir. O aluno não consegue aproveitar a escola, pois não pode frequentar o salão nobre e a sala de vídeo”, explicou André Luiz Pessoa, que trabalha com educação especial.

    O que diz o Estado?

    A Secretaria de Estado de Educação, procurada, informou que os aparelhos de ar-condicionado estão instalados e em funcionamento, "porém, em virtude de uma necessidade de aumento de carga e adequação elétrica (processo já em andamento), parte deles não pode ser ligada".

    Também disse, em nota, "que uma reforma geral da parte elétrica da unidade está prevista, bem como um projeto de revitalização da quadra de esportes."

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