Greve
Alunos do Pedro II já estão há um mês sem aulas: 'Sem respostas'
Portões seguem fechados na unidade do Barreto, em Niterói
Já faz um mês que funcionários do Colégio Pedro II iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e um reajuste salarial. Enquanto isso, cerca de 12 mil alunos seguem sem aula.
Um desses alunos é o Paulo Roberto Cardoso, de 15 anos. Próximo de começar o Ensino Médio na unidade, o estudante segue sentindo os impactos da falta de aula.
“A gente fica preocupada, o quanto isso pode impactar a educação do meu filho? Ele quer se preparar para entrar em uma universidade, esse começo do ensino médio é importante, mas a gente fica sem respostas, sem saber quando isso vai acabar”, lamenta Márcia Cardoso, de 45 anos, mãe do aluno.
Paulo estuda na unidade do Barreto, em Niterói. Na manhã desta sexta-feira (3), dia em que a greve completa um mês, os portões seguiam fechados.
Cartazes pedindo melhorias foram instalados na instituição. Segundo um segurança do local, ainda não há previsão para o colégio voltar a funcionar.
O movimento teve início no dia 3 de abril, além do Pedro II, outras universidades federais também estão com funcionários em greve.
O Ministério Público Federal recomendou, no mesmo mês, que fosse descontado os dias parados dos vencimentos de funcionários que aderiram ao movimento grevista e paralisaram as atividades da instituição.
Foi dado um prazo de 48h para que fossem adotadas as providências administrativas relativas ao corte do ponto dos grevistas, além de informar o MPF sobre as medidas adotadas.
Procurado, o Ministério da Educação (MEC) informou que "segue atento ao diálogo e à negociação conduzida pelo MGI, com participação nas mesas e a busca pelo melhor encaminhamento possível para as demandas de técnicos e professores das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A valorização dos servidores e a resolução célere do impasse interessa ao MEC e a toda sociedade."
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