Cidades
'Não aguentamos mais', Niterói registra terceiro dia consecutivo de protestos
Publicada ás 16h32 / Atualizada ás 19h39
Pelo terceiro dia consecutivo centenas de pessoas se reuniram em Niterói para um protesto contra a prorrogação das medidas restritivas determinadas plea Prefeitura de Niterói. Dessa vez, cerca de 300 pessoas, entre empresários e trabalhadores, de diferentes setores se reuniram na tarde desta terça-feira (13) na frente da prefeitura, no centro da cidade.
Com faixas, cartazes e um carro de som, nem a chuva impediu a manifestação, que começou por volta de 15h na Rua Visconde de Sepetiba. De máscaras, trabalhadores pediram pela flexibilização das medidas.
Guardas municipais foram acionados e fizeram um escudo humano na porta da administração municipal. Policiais militares do Batalhão de Niterói (12° BPM) também foram deslocados.
Aos gritos e palmas, manifestantes reclamam dívidas e a necessidade de voltar a trabalhar:
"Queremos trabalhar e pagar as nossas dívidas"
Entre os integrantes do protesto, a empresária Raquel Gomes afirma que a impressão é que as categorias não são ouvidas.
"Não queremos demitir e esse movimento é pela vida e também pelas famílias. Essa união que nós temos é para dizer basta. Revolta o mês indo embora e as contas chegando. Não aguentamos mais, precisamos ser ouvidos"
Por volta das 16h35 a manifestação seguiu caminhando pela Rua Visconde de Sepetiba, em direção à Rua Marquês de Paraná, onde permaneceu por cerca de uma hora.
Os dois sentidos da via chegaram a ser interditados por alguns minutos. Logo depois, o trânsito foi liberado em uma faixa para quem seguia em direção a Icaraí. No sentido Centro, o fluxo seguiu normalmente.
Novo protesto
Por volta das 17h35 os manifestantes encerraram o ato, convocando para um novo protesto na manhã desta quarta-feira (14), com concentração na esquina das Rua Miguel de Frias com Avenida Marques de Paraná, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói.
Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas de Niterói (Sindlojas), Charbel Tauil, o setor já não aguenta mais ficar de portas fechadas.
"Queremos urgentemente a flexibilização. Os setores já não conseguem pagar as contas, estão demitindo e fechando as portas. Nós precisamos conversar democraticamente e o prefeito está nos cerceando esse direito. Está excluindo a classe que mais representa a cidade: a de comércio e serviço. As cidades do Rio, São Gonçalo e Itaboraí estão abertas. Que ciência é essa?"
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