Cidades
Mulheres cada vez mais amparadas no Rio
As mulheres vítimas de violência no Rio de Janeiro terão mais pontos de acolhimento na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, 50 equipamentos culturais do Rio estarão disponíveis em 30 bairros, incluindo bibliotecas, lona cultural, museus e teatros.
Segundo a pasta, essa disponibilização também é uma ferramenta que conduz a transformação dos espaços artísticos e intensifica suas relações com os territórios, transformando-os em espaços que vão além de casas de espetáculos.
Nesta terça-feira (9) foi lançado o Programa de Formação e Sensibilização sobre Violências de Gênero, um treinamento no formato online com os funcionários dos equipamentos para acolher e realizar o encaminhamento adequado das mulheres.
A iniciativa faz parte do Decreto publicado pelo prefeito Eduardo Paes, que institui um Programa de Capacitação e Sensibilização contra as violências à mulher e de gênero.
"Considero esse ato como o mais importante da SMC desde o início da gestão. O treinamento dos funcionários fortalece a rede de acolhimento às mulheres vítimas de violência. Os equipamentos culturais precisam dialogar com aquilo que acontece na cidade e não ser apenas templos de adoração de arte. Precisam dialogar com o seu tempo e seu território. Sabemos o CEP e o tipo de mulher que queremos atingir", disse o secretário de cultura, Marcus Faustini.
A coordenadora de ações étnico raciais e diversidade, Tainah Pereira, destacou que o cronograma montado foi pensado considerando a relação da mulher com esses equipamentos.
"Montamos o cronograma pensando como a mulher interage com cada equipamento cultural. Haverá o compromisso de multiplicar os conhecimentos para que isso não fique restrito apenas ao funcionário que participe da formação", disse.
O Programa
De acordo com a SMC, serão cinco turmas, cada uma com 20 profissionais, que irão multiplicar os conhecimentos adquiridos nos treinamentos para o resto da equipe.
Os encontros acontecem ao longo do mês de março e abril e a previsão é de que até a segunda semana de maio, funcionários de todos os equipamentos
estejam qualificados para realizar o acolhimento e encaminhamento de forma adequada.
O conteúdo ministrado durante o treinamento foi construído pela Coordenadoria Técnica de Enfrentamento às Violências contra a Mulher da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Município do Rio de Janeiro (SPM-Rio).
"Sabemos muito bem que a sociedade não sabe onde procurar ajuda, onde ter informação adequada e, potenciar o servidor que está dentro da máquina pública para expandir essa comunicação é, justamente, salvar vidas não só de mulheres, mas de seu círculo também", afirmou a secretária de políticas e promoção da mulher, Joyce Trindade.
Pontos de acolhimento
Atualmente a SPM-Rio conta com três espaços para atendimento a mulheres em situação de violência: a Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho, em Realengo; a Casa da Mulher Carioca Tia Doca, em Madureira; e o Centro Especializado de Atendimento à Mulher Chiquinha Gonzaga (CEAM), no Centro da cidade.
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