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    Morre adolescente que ficou tetraplégico após treino de jiu-jitsu

    Ele estava internado há quase dois meses em hospital na Baixada

    Publicado 19/09/2023 às 15:37 | Atualizado em 19/09/2023 às 17:01 | Autor: Agnes Aguiar
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    Douglas Souza sofreu uma forte queda durante treino
    Douglas Souza sofreu uma forte queda durante treino |  Foto: Rede social

    Douglas Souza Braga, de 15 anos, morreu nesta segunda-feira (18), depois de ficar quase dois meses internado no Hospital Geral de Nova Iguaçu, após sofrer uma queda durante o treino de jiu-jitsu e ficar tetraplégico, em julho. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

    O adolescente sofreu com complicações clínicas e neurológicas, chegando até a sofrer outra parada cardíaca antes. Ele sofreu uma grave lesão na coluna, após uma suposta queda no Centro de Treinamento Renan Teodoro, credenciado pelo grupo GFTeam, localizado em Japeri, na Baixada Fluminense.

    O acidente aconteceu no dia 27 de julho, segundo a mãe de Douglas, Suzane Santos. Ela recebeu uma ligação do local informando que o filho tinha caído. O adolescente praticava a luta desde os 8 anos e já era faixa laranja, desta forma a mulher acreditou que não havia sido nada grave. Além disso, o instrutor teria passado para ela que o caso foi “uma coisa boba”.

    Durante um “aulão”, Douglas estaria treinando com um outro jovem de 18 anos, sem a supervisão de um instrutor que, segundo um aluno, estava tirando fotos no momento.

    Após ser levado para o hospital e realizar uma tomografia, foi confirmado que Douglas ficou tetraplégico. “A médica disse: ‘Mãe, não foi uma coisa boba. Eu nem sei como falar para vocês, mas o filho de vocês está tetraplégico‘”, relatou Suzane.

    O menino precisou colocar três placas de titânio na coluna. No dia 30 de agosto, ele sofreu uma parada cardíaca, mas se recuperou posteriormente. Durante uma conversa com a mãe, ele disse que foi jogado no chão de forma brusca e gritou de dor na hora da queda.

    A família de Douglas busca resposta, no entanto a 63ª DP (Japeri) se recusou a registrar o caso no dia 12 de agosto, de acordo com o pai. Os policiais teriam informado que não é um caso de polícia e recomendaram buscar a Defensoria Pública.

    Procurada, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado e a investigação está em andamento na 63ª DP (Japeri). Os agentes vão ouvir novamente o professor da vítima e aguardam os laudos periciais para análise. Diligências seguem para esclarecer os fatos.

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