Luta pela vida
Menina de Maricá que luta contra câncer inicia tratamento nos EUA
Maria Flor, de 6 anos, tem tumor cerebral raro e agressivo
Na sua luta contra o raro e agressivo tumor cerebral, chamado Glioma Pontino Intrínseco Difuso (DIPG), a pequena Maria Flor, de 6 anos, deu início a um novo capítulo em seu tratamento em Miami, nos Estados Unidos. Ela mora com a família em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
A última quarta-feira (22) marcou o primeiro dia em que a corajosa menina começou a tomar a medicação, que oferece esperança em meio a essa batalha.
Segundo a oncologista pediátrica especializada em tumores cerebrais, Ana Oliveira, embora o caso seja delicado, a busca por um tratamento mais personalizado pode ajudar Maria Flor.
Mãe conta como Maria Flor recebeu o novo tratamento
A dona de casa Juliana Dantas Oliveira, mãe da menina, compartilhou comovida sobre a aplicação do novo tratamento. Ela, que tem se mantido firme ao lado da filha, continua pedindo orações para fortalecer a pequena guerreira.
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Mesmo que Maria Flor tenha passado mal com a medicação, ficando enjoada, conseguimos distraí-la com amor e brincadeiras. É incrível ver a força e a resiliência dessa criança. Cada oração é um abraço de esperança para Maria Flor. Estamos gratos por todo o apoio que temos recebido.
Juliana revelou que o tratamento, agora, demanda que Maria Flor tome três comprimidos por semana. Além disso, a família enfrentará o desafio mensal de retornar a Miami, com estadia de pelo menos três dias para dar continuidade ao processo. Segundo Dantas, para finalizar o tratamento, eles precisam arrecadar cerca de R$ 1 milhão.
"A nova batalha é arrecadar mais recursos", diz Juliana
"Agora, nossa batalha vai além do tratamento. Precisamos garantir recursos para manter esse processo todo mês. Não vamos desistir. Maria Flor merece todas as chances possíveis, e estamos comprometidos em proporcionar a ela cada uma delas", declarou Juliana, enfatizando a importância vital de apoio financeiro para garantir que a esperança continue acesa na busca pela cura de sua filha.
O que dizem os especialistas
Ouvida pelo ENFOCO, a oncologista pediátrica especializada em tumores cerebrais, Ana Oliveira, explicou sobre as possibilidades de tratamento para casos como o da Maria Flor.
"As opções atuais se concentram principalmente na radioterapia, que visa aliviar os sintomas e controlar o crescimento tumoral. No entanto, a resposta ao tratamento é frequentemente temporária, e a natureza invasiva do DIPG torna a remoção cirúrgica inviável", compartilhou.
DIPG impacta de forma diferente os pacientes pediátricos
A profissional também explicou que a condição do DIPG é singular em sua agressividade e localização no tronco cerebral, impactando funções vitais dos pacientes pediátricos.
Oliveira afirmou ainda que, comparado a outros cânceres, sua letalidade precoce é alta, e a falta de progressos significativos destaca a urgência de uma abordagem mais precisa e personalizada.
As perspectivas para pacientes pediátricos como Maria Flor, diagnosticados com DIPG, são desafiadoras. A natureza infiltrativa do tumor e sua resistência às terapias convencionais contribuem para um prognóstico geralmente sombrio. As pesquisas em andamento buscam entender a heterogeneidade do DIPG, identificar marcadores específicos e desenvolver terapias mais eficazes.
Rede de apoio
Além disso, segundo a oncologista, o apoio emocional e psicológico dos profissionais de saúde nesses casos é tão importante quanto o tratamento do tumor.
"Os desafios emocionais para os pacientes e suas famílias são igualmente significativos. O apoio multidisciplinar, incluindo cuidados paliativos e suporte psicossocial, é crucial para melhorar a qualidade de vida e enfrentar os obstáculos associados a essa condição devastadora", concluiu.
Caso deseje ajudar financeiramente, basta fazer uma transferência para a conta bancária divulgada pela família clicando neste link. Eles também pedem ajuda em compartilhamentos no Instagram (@julianadantascostaoliveira).
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