Cidades
Maricá vira parada obrigatória para quem busca combustível mais barato
A cidade de Maricá além de ser mais econômica para os motoristas que moram no local e precisam abastecer diariamente, agora também se tornou 'parada obrigatória' para veículos de fora que utilizam as vias da cidade e querem economizar no valor gasto pelo combustível.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), o preço médio da gasolina comum na cidade (R$6,201) é menor que os valores praticados em São Gonçalo (R$6,265) e Niterói (R$6,301), líder de combusível mais caro entre os três municípios .
Em Maricá, a variação de preços da gasolina entre postos chega a 10%. Quando se trata do etanol, a diferença é um pouco maior e atinge 16,32%, o contraste entre os valores é de R$0,80 (oitenta centavos).
Para motoristas, o jeito de economizar segue sendo pesquisar locais em que os combustíveis sejam vendidos a menor custo para encher o tanque. Postos localizados no trajeto também estão na preferência, outra forma de controlar gastos.
É o que faz o Matheus Esteves, que utiliza quase diariamente as vias de Maricá para chegar ao seu destino. Desta vez, para se deslocar até Rio Bonito, o consumidor optou por abastecer em São José do Imbassaí, já que o preço estava em conta e a qualidade do combustível é alta.
“Os combustíveis estão com preço muito elevado, em vista que o álcool, há pouco tempo atrás, era por volta de R$3 e hoje já está R$4,80. Estou achando os preços muito abusivos, por isso, sempre procuro postos que estão mais em conta, hoje passei por aqui e abasteci. Priorizo caminho e valor para escolher o posto”
Além do preço e boa localização, o motorista também está de olho no atendimento dos frentistas e outros serviços relacionados a promoções para abastecer no local. No posto escolhido por Matheus, o carro do motorista ganha uma ducha ao abastecer 35 litros ou mais.
De acordo com o economista Ruy Santacruz, da Universidade Federal Fluminense (UFF), o problema com a alta dos combustíveis se deu, principalmente, por conta da pandemia, que fez com que a procura pela compra de petróleo e seus derivados caíssem drasticamente, já que o isolamento social se tornou realidade em todo o mundo.
Por consequência da queda de vendas, o preço despencou e a produção diminuiu para atender a demanda. Com a chegada das vacinas e a retomada das atividades em diversos países, a procura aumentou de maneira que a quantidade produzida não era o suficiente, fazendo os preços dispararem. Desde então, o Brasil tem sofrido com os altos valores dos combustíveis.
“Paralelamente no Brasil, a taxa de câmbio deu uma desvalorizada muito grande, em 2020 estava a R$4, em 2021 chegou a quase R$6. Somando a taxa de câmbio com a alta dos preços do petróleo, os combustíveis subiram mesmo de preço. Até a segunda semana de julho, o petróleo subiu 21% no Brasil”
Preços podem cair em agosto
Ainda segundo o especialista, os preços devem apresentar queda durante este segundo semestre devido a um acordo feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para aumentar a produção dos valores da matéria-prima. Outro fator favorável é o comportamento da taxa de câmbio, que atualmente deu uma recuada no valor está por volta de R$5 e R$5,10.
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