Cidades
MAC se ilumina em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Quem passar pelo Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) até sexta-feira (13) vai vê-lo da cor lilás. A iniciativa é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo (8). A data foi oficializada na década de 70 pela Organizações das Nações Unidas e foi escolhida para simbolizar a luta das mulheres para terem condições iguais aos homens.
Em um primeiro momento a data era sobre igualdade salarial, mas nos dias de hoje é bem mais abrangente e hoje simboliza a luta contra o machismo e violência. Essa que muitas mulheres convivem diariamente dentro de casa.
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro analisou 107 processos em tramitação nos tribunais do júri fluminense, que julgam casos de atentado contra a vida. Mulheres entre 21 e 40 anos, atacadas em casa, à noite ou de madrugada, a faca ou a tiros, pelo companheiro ou ex-companheiro, é o perfil mais comum das vítimas de tentativa de feminicídio. A pesquisa traçou um panorama dos assassinatos de mulheres no estado. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (6) para marcar o Dia Internacional da Mulher.
Segundo a pesquisa, uma em cada três agressões é atribuída, pelo autor do crime, à dificuldade em aceitar o fim do relacionamento. Outros motivos foram discussão por razões diversas, vingança, ciúme, estupro e recusa da vítima em manter relação sexual.
A maior parte dos crimes ocorreu entre pessoas que namoravam, estavam casadas ou vivendo em união estável (40%) ou tinham uma relação anterior (42%), sendo que 62% dos relacionamentos eram de até cinco anos. Quase todas as mulheres foram submetidas a episódios anteriores, registrados ou não em delegacia, de violência doméstica. Segundo o estudo, muitas não denunciaram os agressores por medo ou porque foram coagidas por eles.
A maioria dos crimes ocorreu de noite (39%) ou de madrugada (34%). Juntos, observa-se que 73% dos crimes foram praticados no período de descanso. Além disso, em 72% dos casos, a agressão ocorreu na residência da vítima. Os autores utilizam, em 44% dos casos, uma faca para cometer o crime, seguida da arma de fogo (17%).
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